Colunas

Retratos da China

22/03/2005

História - A China moderna

da Folha Online

A época moderna da China é contada a partir de 1840 e vai até 1919. Seu principal marco remete à Guerra do Ópio, ocorrida justamente neste ano.

No início do século 19, quando a China ainda estava sob o comando Manchu, Grã-Bretanha, França, Países Baixos, Portugal e Espanha já eram potências imperialistas e controlavam o comércio entre a Ásia e o Ocidente. Mas a China estava fechada para o comércio internacional, com exceção do porto de Cantão.

Cantão tornou-se, assim, um importante centro de comércio entre a China e o Ocidente. E um dos principais produtos levados para o país por comerciantes ocidentais era o ópio, droga que passou a ser muito consumida na dinastia. Mas a dinastia Manchu proibiu a sua importação, e o contrabando do ópio tornou-se um negócio lucrativo para os comerciantes ocidentais, principalmente os britânicos.

Cansada das apreensões e das prisões e expulsão dos principais traficantes, a Inglaterra declarou guerra à China mandou ao país uma frota de guerra e tomou Xangai. Em 1842, com inferioridade tecnológica nos armamentos, os chineses foram rendidos. Por conta da "dívida de guerra', eles aceitaram tratados de comércio injustos, entre eles o chamado Tratado de Nanquim, que forçava a China a pagar pesadas multas, abrir cinco portos para o comércio e ceder Hong Kong aos britânicos.

Depois da 2ª e 3ª Guerras do Ópio, travadas em 1856 e 1858, mais 11 portos foram abertos aos ocidentais. Em 1894-1895, a China perdeu Taiwan numa guerra com o Japão e foi forçada a reconhecer a independência da Coréia. A Alemanha, a França, a Inglaterra e a Rússia obrigaram então os manchus a concederem maiores direitos de comércio e a doarem mais territórios.

Nesse contexto, a falta de força da dinastia Manchu em enfrentar as sucessivas degradações impostas pelos ocidentais contribuiu para criar um clima favorável à rebelião das massas.

Em 1911, Sun Yat-Sen dirigiu uma revolução democrática burguesa que derrotou a dominação da dinastia em vigor. Assim, teve fim a monarquia, que havia durado mais de dois mil anos, e se estabeleceu o Governo Provisório da República da China.

O presidente provisório Sun Yat-Sen, porém, não conseguiu manter-se efetivamente no poder e renunciou em 15 de fevereiro de 1911. Assumiu a presidência o general Yaun Shin-kai, que acabou por fazer concessões ainda maiores aos estrangeiros.

Em decorrência disso, Sun Yat-Sen e os outros nacionalistas, que haviam formado o Kuomintang (Partido Nacionalista), novamente se rebelaram. Mas a insurreição fracassou e os líderes nacionalistas fugiram para o Japão em 1913.

Com agências internacionais

Leia mais
  • Raio-X
  • História
  • Economia
  • Geografia
  • Cultura
  • Chineses no Brasil
  • Curiosidades

  • Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre Sun Yat-Sen
  • Leia o que já foi publicado sobre a China moderna
  • Leia o que já foi publicado sobre a Guerra do Ópio
  • FolhaShop

    Digite produto
    ou marca