Colunas

Retratos da China

22/03/2005

História - As dinastias chinesas

da Folha Online

Reprodução
Mestre Confúcio, até hoje adorado na China
Desde o período pré-histórico, diferentes povos ocuparam a região da China. O primeiro reino dinástico surgiu por volta de 2.000 a.C., o Xia. A partir deste período, sucederam-se várias disputas e guerras pela hegemonia do poder: passaram pelo poder as dinastias Shang, ou Yin, entre os séculos 16 e 11 a.C.; a Zhou do Oeste, do século 11 aos ano 771 a.C.; e a Zhou do Leste, de 770 a 221 a.C..

A cada uma delas é atribuída uma conquista importante para o povo chinês. No período em que ficou no poder as dinastias Shang, por exemplo, ocorreu a expansão dos colonos chineses para fora da grande planície. Nas regiões banhadas pelo Yang-Tse, os pioneiros chineses encontraram povos que levavam uma vida semibárbara, de caçadores e pescadores.

Já a Zhou do Leste, entre os séculos 7 ao 3 a.C., foi marcada pelo desprestígio do poder real, e influenciou fortemente o pensamento social do país. Naquela época, apareceram dezenas de principados, o que fomentou guerras civis entres essas 'dinastias de províncias'. Além disso, se estruturou uma sociedade feudal cavalheiresca, que lembra o feudalismo medieval da Europa Ocidental.

Assim, os séculos 5, 4 e 3 foram um período anarquia e, com o tempo, por uma grande crise moral. O desejo do poder prevaleceu sobre a preocupação de bem-estar e de equilíbrio social, enquanto os estados maiores foram absorvendo os pequenos principados.

Foi nessa confusão que os sábios, os políticos, os filósofos e os pensadores se ergueram, na tentativa de ensinar ao Império as leis que julgavam eficazes. Então floresceu o pensamento chinês, a época clássica da nossa filosofia. E seu Mestre foi Confúcio, adorado pelos chineses até hoje.

Em 221 a.C. ocorreu, porém, uma conquista diferente até então, com a concretização da primeira unificação territorial, feita pela dinastia Qin, em 221 a.C.. Após período de falta efetiva de poder, a Qin foi marcada pela força bruta, que submeteu e destruiu os demais estados feudais, pela forte centralização governamental e pelas rígidas leis impostas à população. A execução como pena para vários tipos de crime foi amplamente empregada. Da ordem intelectual, se destacam a unificação dos caracteres da escrita, dos pesos e medidas.

A dinastia Qin foi substituída pela dinastia Han ocidental em 206 a.C.. Os Han mantiveram, até o ano de 220, a centralização dinástica, derrotam a tentativa de invasão dos hunos e expandiram sua hegemonia pela Ásia Central e Sudeste Asiático. No século I, a dinastia Han ampliou seu território até o golfo Pérsico.

As dinastias seguintes, dos Três Reinos (220 - 280), Jin do Oeste (265 - 316), Jin do Leste (317 - 420), Dinastias do Sul e do Norte (420 - 589), Sui (581 - 618), Tang (618 - 907), Cinco Dinastias e dez Reinos (907 - 979), Song do Norte (960 - 1127), Song do Sul (1127 - 1279), Yuan (1271 - 1368), Ming (1368 - 1644) e Manchu (1644 - 1911), também foram épocas prósperas da sociedade chinesa.

Desenvolveram-se técnicas agrícolas (rotação de culturas e adubação, por exemplo), artesanais e a construção naval. Além disso, foram inventados o papel, a pólvora e a bússola. Com boas comunicações terrestres e marítimas, a China estabeleceu fortes vínculos econômicos e culturais com o Japão, a Coréia, a Índia, Pérsia, países árabes e outros.

Com agências internacionais

Leia mais
  • Raio-X
  • História
  • Economia
  • Geografia
  • Cultura
  • Chineses no Brasil
  • Curiosidades

  • Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre a história das dinastias chinesas
  • FolhaShop

    Digite produto
    ou marca