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Comentários de Acássio C. Oliveira
Em 04/01/2010 03h07
Boris Casoy acabou.
Garis, seja lá em qual nível da escala de trabalho estiverem, são seres humanos, trabalhadores dignos, e por isso merecem respeito. Eu poderia repetir muitas coisas já ditas por outros leitores sobre o ranço elitista do sr. Casoy, ou poderia até atribuir ao excesso de cultura a causa desse ranço (em se comparando, de longe, com países ricos -de pessoas abastadas culturalmente- que se lançam à guerra e ao separatismo ideológico), mas... nada disso valeria a pena argumentar. O que me fere o senso de honestidade é saber que um jornalista que eu admirava (sim) teve a audácia de dizer o que disse. O "erro" que ele disse ter cometido nem foi algo tão errado (internamente, para ele), mas apenas a exteriorização do real Boris Casoy, talvez pela primeira vez honesto em toda sua vida de jornalista, e agora resta pensar nas vezes em que ele atribuiu a palavra "vergonha" para a falta de atendimento médico das pessoas mais pobres, ou para certos atos nefandos da classe política, e agora se vê refém do seu próprio jargão, talvez contando com o tempo como melhor aliado, e à memória curta do brasileiro. A questão é que na era da internet isso não será esquecido. E não é uma questão de crucificarmos apenas Boris Casoy, mas ele se tornou apenas um símbolo de hipocrisia barata, da mesma espécie de alguns políticos que um dia criticou em seu telejornal. Pessoas que o brasileiro já se cansou de ver, e pelo menos para mim Casoy tornou-se mais um. Infelizmente.

Em Gafe de Boris Casoy
sem opinião
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Em 19/11/2008 14h16
Cor da pele como parâmetro de capacidade? Em outras palavras, racismo? E o pior: entre leitores da Folha de São Paulo. Gente que deve comprar livro, tanto para fins profissionais quanto para entretenimento. Gente letrada, por assim dizer. Gente educada... e racista. Provavelmente criticam o sistema educacional brasileiro, a desinformação e a falta de cultura do povo. É possível que parte dos leitores lamentem a falta de contato do povo com gente do porte de Sartre, Proust, Beckett, Tchecov, Mann, Faulkner. E para quê? Para, no final, depois de tanta leitura, optarem pelo racismo burro e disforme. Um racismo que talvez nem os ignóbeis iletrados possuam dentro de si, para serem injustamente discriminados por serem leitores de Paulo Coelho e/ou Harry Potter.
Quando convocados a opinarem sobre o novo presidente dos Estados Unidos, os chamados "formadores de opinião", a classe letrada e portanto leitora de jornais de grande circulação, limita-se ao racismo barato, à cor da pele, e acha, tal classe, que contribui alguma coisa para o progresso da humanidade, ao invés de apenas transbordar e fazer peso na Terra. Enfim... Morro e não leio tudo o que há de vil na espécie humana e na pretensa riqueza material.

Em Governo Obama
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Em 26/10/2008 17h17
Ainda existe a possibilidade de que Nayara tenha um novo Lindemberg para enfrentar: a polícia, já que o comandante da operação afirma categoricamente a existência de um tiro antes da explosão da porta. Tiro esse que não foi captado por nenhum equipamento da imprensa presente no local, e, após a explosão da porta, com todo o pandemônio subseqüente, que deveria dificultar ainda mais o barulho de estampidos, aí sim, disparos são perceptíveis.
Num momento, para o comandante, Nayara é uma menina lúcida. Depois do depoimento (pós saída do hospital) Nayara se torna vítima de forte emoção.
E agora, Nayara não pode ficar em sua casa (assédio da imprensa, é?)
Já li algumas opiniões aqui, que defendiam a autopromoção de Nayara para uma futura aparição em revistas masculinas ou filmes de classificação adulta. Em suma: total falta de respeito para com o caso, para com a pessoa de Nayara, para com a situação delicada que ela enfrenta: seu depoimento versus a permanência no emprego de alguns policiais, que resolveram defender até o fim a questão da bala, sendo que ela, lá dentro, não defende tal versão. Quem garante que, havendo cortes nessa equipe, ou outras punições severas, essa Nayara não seja alvo de ameaças futuras, quando tudo estiver esquecido? Não é uma afirmação, mas um questionamento. Quem garante? A polícia?
Sobre Nayara em si, minha opinião resume-se a uma frase: "O amigo certo se reconhece numa situação incerta". (Marco Túlio Cícero, filósofo romano, 106-43 a.C)

Em Cárcere Privado
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Em 26/10/2008 16h56
Quanto ao juiz Marcelo Tadeu, da 16ª Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça de Alagoas, e sua colocação a respeito do pai de Eloá, a saber: "Se ele não abrir bem o bico e vier para Alagoas, ele morre", eis aí a prova fatual do desregramento de um órgão corrompido intitulado Justiça Brasileira. Somemos mais um nome: Pimenta Neves. O que explica a liberdade deste sujeito? Ele não foi condenado a 18 anos de reclusão por homicídio qualificado por motivo torpe - ciúmes - sem direito de defesa da vítima? E por que está solto hoje, em 2008? Liminares? Qual a lógica das liminares? Ele não representa uma ameaça à sociedade? Então, Sandra Gomide não fazia parte da sociedade? Foi condenado a indenizar os pais da vítima, mas alega não ter dinheiro.
Pensemos a Justiça em sua essência, ou seja, a famosa escultura de olhos vendados que representa esse órgão no país. Seus olhos vendados são por um motivo básico: a realidade brasileira é pavorosa, catastrófica demais para ser encarada de frente. No entanto, de olhos fechados, a Justiça está sujeita a tropeçar muitas vezes, cedendo a si mesma a alcunha de injusta, desigual. Logo, não é só nas pessoas que estamos mal representados, mas simbolicamente também.
Quanto ao caso Eloá, vale lembrar que sua situação de cárcere e a vida pregressa de seu pai são dois casos completamente distintos, malgrado as tentativas da imprensa em fundi-los numa coisa só. E também é necessário muito cuidado ao afirmar que Nayara quer autopromoção.

Em Cárcere Privado
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Em 26/10/2008 13h41
Não acredito que Eloá morreria com invasão ou não. Ocorre que a polícia brasileira é despreparada. Gate, Goe, civil, militar, não importa. Mais do que despreparo, é falta de equipamentos adequados. Onde já se viu, em pleno século 21, com todo o aparato tecnológico disponível, a polícia auscultar uma parede com um copo? Fora isso, essa polícia não poderia inundar o ambiente com algum gás sonífero, de baixa percepção olfativa, por baixo da porta? Derrubava-se os três, e bastaria alguém entrar no apto com a chave da mãe, ou com intervenção simples de um chaveiro, ou mesmo pela janela. Por outro lado, a polícia não poderia ter usado um sniper? Não houve chances nem posições privilegiadas para isso? Ocorre que, ou a polícia não tem o sniper, ou, tendo, não há legislação que permita o uso, uma vez que, até então, Lindemberg possuía a presunção (leia-se: suposição) de inocência, ao invés de se pensar que, se o sujeito tem uma arma e faz ameaça, então já não pode ser encarado como "inocente". E óculos de visão noturna? A polícia não tem, caso houvesse incursão na calada da noite? E detectores de calor via infravermelho, que a Casa Branca (EUA) utiliza, a polícia não tem? Claro que não vai detectar como nos filmes, mas mostrará focos de calor na parede e isto determinará a posição dos três. Bem, a polícia não tem nem salário, e o Serra diz que é intriga política, sendo ele o principal interessado nisso, mas já mostrou ser mau negociante, tomando por exemplo o caso da reitoria da USP.

Em Cárcere Privado
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