Folha Online - Comentários

Comentários de Daniel Druwe Araujo

SAO JOSE DOS CAMPOS / SP

Em 05/03/2008 17h40

Se a OEA limitar-se a esfriar a atual crise teremos falhado imperdoavelmente e favoreceremos a repetição com consequências possivelmente muito piores.
Há que entender não apenas a ação que diretamente deflagrou a crise mas também os processos em desenvolvimento na região que deram margem a esse incidente.
Em primeiro lugar, o fato do Equador estar servindo de santuário para um grupo terrorista em guerra aberta contra o governo e o povo colombiano.
A garantia de não repetição corretamente desejada pelo Equador deve ser combinada com o comprometimento de o Equador impedir que seu território sirva de abrigo às FARC.
Em segundo lugar, as demonstrações de simpatia às FARC pelo Equador mas, mais notadamente pela Venezuela, são inaceitáveis. Não pode um governo manifestar apoio a grupo empenhado na derrubada de outro governo legítimo, exceto se houver guerra declarada entre os países.
O comportamento dos presidentes do Equador e da Venezuela precisa ser reprovado no âmbito da OEA ou continuaremos a assistir a um processo extremamente perigoso.
Dificilmente haverá provas absolutas do envolvimento de Chavez com as FARC, uma vez que ambas as partes têm interesse em manter segredo, entretanto há declarações e ações suficientes para suportar suspeitas e investigações.
É hora de agir mais profundamente para evitar o pior.

Em Conflito na América do Sul

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Em 02/12/2007 19h29

Chavez, que é bastante inteligente, sabiamente mistura elementos atrativos com dispositivos de ampliação e perenização de seu poder pessoal nessa nova constituição. Infelizmente uma grande parcela da população, inclusive no Brasil, engole o anzol junto com a isca. Já há suficiente história para não se acreditar que Chavez deixará de usar o poder ora legalizado para dispor dos novos elementos populistas como lhe aprouver pessoalmente. É bastante ingênuo esperar que ele dê força aos poderes 'popularizados' quando estes decidirem algo contra sua vontade. Essa é a ingenuidade que apoiou todos os processos graduais de concentração de poder na história.

Em Hugo Chávez

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