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Comentários de Zulma Peixinho SAO PAULO / SP
Em 20/06/2008 15h54
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O grupo de Micha Drukker já havia demonstrado que células-tronco embrionárias humanas são capazes de expressar altos níveis de proteínas MHC-I (antígenos HLA classe I) e que podem então ser rejeitadas após o transplante [PNAS, 99(15):9864-9, 2002].
Creio que, como professora de Imunologia, tenho que me manifestar para evitar a propagação de conhecimento inadequado que pode redundar na elaboração errônea de estratégias para terapia. Cabe lembrar que as abordagens propostas por vários grupos de cientistas para vencer a barreira alogênica, que consistem na criação de 'banco' de células embrionárias congeladas, previamente tipadas para HLA, e no desenvolvimento de clonagem terapêutica, não possuem amparo legal em nosso país. Fora isto, resta a utilização de células-tronco adultas, reprogramadas ou não, obtidas do próprio paciente (células autólogas). Em relação ao artigo citado no NYT sobre a recusa ao teste de células embrionárias humanas em pacientes por parte de Steven Bauer (Chefe da 'FDA Cell and Tissue Therapy Branch'), achei plausível sua cautela diante de uma solicitação de enorme peso: 21.000 páginas!

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Em 20/06/2008 15h53
Prezado Sr. José Reis,
Agradeço suas palavras. É importante estarmos alertas. Veja só: foi anunciado no último dia 12, por uma importante empresa de biotecnologia sediada na Califórnia, a obtenção de células-tronco embrionárias humanas com finalidade terapêutica capazes de evadir o ataque direto do sistema imune humano, sendo sugerido, no mesmo trabalho, que 'o emprego de linhagens de células-tronco embrionárias humanas específicas do paciente para prevenir rejeição imunológica pode não ser necessário'. O potencial de evasão imune das células apresentadas pela empresa foi atribuído à ausência de expressão de antígenos HLA classe II e de outros marcadores de superfície celular envolvidos na ativação de linfócitos T. Entretanto, relatam que estas células exibem expressão normal de antígenos HLA classe I, justamente as moléculas que levam à sua destruição (rejeição) por células NK da imunidade inata e/ou por células T CD8+ (linfócitos T citotóxicos) da imunidade adquirida. Percebeu a 'contradição'? CONTINUA

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Em 14/06/2008 21h20
O F.D.A. (Estados Unidos) não liberou terapia com células de embrião ... Por que?‏
Porque não existe (vai existir?) efetividade comprovada deste tratamento para justificar tal liberação ().

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Em 06/06/2008 02h11
CONTINUAÇÃO - Dados mais recentes também relatam a dificuldade de encontrar dois indivíduos HLA-compatíveis não-aparentados (Bochtler W e colabs., Bone Marrow Transplant. 2007 Jun;39(12):737-41). Isto sem falar no polimorfismo em outros genes não-HLA influenciando transplante de células-tronco (Middleton PG, Methods Mol Med. 2007;134:97-114). Assim, as células-tronco embrionárias humanas não têm amplo e irrestrito potencial terapêutico! Daí a importância, a meu ver, em se empenhar na terapia com células-tronco autólogas (obtidas do próprio paciente). Para finalizar, outro impasse: já que as células-tronco embrionárias podem se diferenciar em qualquer tipo de célula, por que então elas não teriam potencial linfóide para atacar o paciente (doença de enxerto x hospedeiro - GvHD), especialmente se os mesmos forem submetidos à imunossupressão na época da terapia? Creio que os ministros do STF não tiveram oportunidade de raciocinar e de opinar à luz destes conhecimentos. Veja que de imediato os cientistas divulgaram que os estudos com embriões humanos são uma 'aposta' e que o sucesso de terapia virá com as células-tronco adultas: isto não foi mencionado antes do término do julgamento, não é? Restou, porém, a proibição, pelo STF, para a realização de clonagem terapêutica.

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Em 06/06/2008 02h10
O método de obtenção das células de embriões humanos não é a única questão polêmica, pois o fato de tais células serem alvo da reação imunológica de rejeição constitui importante empecilho para o seu uso terapêutico, como muito bem salientou o Dr. Shynia Yamanaka em seu recente artigo de revisão: 'Embryonic stem cells are promising donor cell sources for cell transplantation therapy, which may in the future be used to treat various diseases and injuries. However, as is the case for organ transplantation, immune rejection after transplantation is a potential problem with this type of therapy' (Philos Trans R Soc Lond B Biol Sci, 363(1500):2079-87, Jun 2008). Portanto, a celeuma é científica! Quantos embriões seriam necessários para uma única terapia? Dentre os embriões congelados, quantos seriam HLA-compatíveis a um determinado paciente para que a terapia fosse eficaz? Tal probabilidade, entre dois indivíduos não-aparentados (ainda em um país de alta diversidade genética como o Brasil!), resulta do produto das combinações das especificidades conhecidas para cada locus HLA clássico. Segundo os dados de 1997 (24 para HLA-A, 9 para HLA-C, 49 para HLA-B, 17 para HLA-DR, 7 para HLA-DQ e 6 para HLA-DP), a probabilidade de encontrar dois indivíduos HLA-idênticos seria de 1:1.487.779.650.000, ou seja, de 1 em 1 milhão e meio (cd_completo_inmunologia_2004_alonso.zip - ZIP archive, unpacked size 85.706.376 bytes). CONTINUA

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Em 03/06/2008 23h39
Cynthia, você está certíssima! É só ler as palavras acima do 'iminente' neurocientista: "Estudos com embrião são só uma 'aposta', diz o tal". Enganaram os ministros do STF, enganaram os pacientes e os deficientes físicos, e enganaram os leigos, com falsas promessas de terapia com CTEs humanas! E ainda prossegue dizendo que "a solução é aumentar a cultura científica da população", quando, na verdade, nem ele mesmo revela os fundamentos da tal "aposta fundamentada". A Imunologia explica muito bem a problemática da terapia com CTEs em humanos devido à rejeição, e isto não ficou explícito em momento algum durante os debates. Os embriões congelados, ora ditos "descartáveis", são factíveis de adoção por casais inférteis (o Dr. Franco, da Reprodução Assistida de Ribeirão Preto, declarou que fará o implante GRATUITAMENTE a casais que quiserem ADOTAR os embriões congelados de sua clínica) e não merecem ficar à mercê de lances errôneos decorrentes de tacadas de curiosos.

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Em 30/05/2008 23h04
O pior mesmo é que, além dos pacientes terem sido enganados por falsas promessas de cura com CTEs ('esqueceram' da rejeição!), eles ainda podem vir a correr risco de vida por reação de enxerto x hospedeiro (comum em transplantes de medula óssea), especialmente se forem submetidos à imunossupressão na época da terapia: já que as CTEs podem se diferenciar em qualquer tipo de célula, por que elas não teriam potencial linfóide para atacar o paciente?

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Em 30/05/2008 18h10
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Portanto, a celeuma é científica! Quantos embriões seriam necessários para uma única terapia? Dentre os embriões congelados, quantos seriam HLA-idênticos a um determinado paciente para que a terapia fosse eficaz? Tal probabilidade, entre dois indivíduos não-relacionados (não-aparentados), em um país de alta diversidade genética como o Brasil, resulta do produto das combinações dos alelos conhecidos para cada locus HLA clássico. Segundo os dados de 1997 (24 alelos HLA-A, 9 alelos HLA-C, 49 alelos HLA-B, 17 alelos HLA-DR, 7 alelos HLA-DQ e 6 alelos HLA-DP), a probabilidade de encontrar dois indivíduos HLA-idênticos seria de 1:1.487.779.650.000, ou seja, de 1 entre 1 milhão e meio (cd_completo_inmunologia_2004_alonso.zip - ZIP archive, unpacked size 85.706.376 bytes). Além disso, os dados mais recentes revelam um número muito maior de alelos para cada locus HLA clássico, dificultando ainda mais o encontro de dois indivíduos HLA-idênticos não-aparentados (Bochtler W e colabs., Bone Marrow Transplant. 2007 Jun;39(12):737-41).

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Em 30/05/2008 18h09
Prezado Dan Jan,
A Imunologia, ciência que dita regra para terapia com células, tecidos e órgãos, ensina que células nucleadas (incluindo óvulo e espermatozóide) expressam moléculas protéicas codificadas pelo MHC - Complexo Principal de Histocompatibilidade, denominado HLA em humanos (cromossomo 6), as quais registram biologicamente cada indivíduo de nossa espécie: seu papel fisiológico é o de apresentar peptídeo para linfócitos T, mas elas também atuam como 'elementos de distinção' entre o próprio e o não-próprio em sistemas de transplantes. Tais moléculas são o alvo da reação de REJEIÇÃO de aloenxerto quando o doador e o receptor não são HLA-idênticos: comumente é contra-indicado transplante de medula óssea (transplante de células-tronco adultas) na vigência de incompatibilidade HLA entre o paciente e seu provável doador (devido não só à rejeição das células pelo paciente, mas também à reação de enxerto x hospedeiro que pode ser fatal); para outros tipos de transplante, como os de órgãos sólidos, o requisito de compatibilidade HLA entre doador e receptor é bem mais flexível. A obrigatoriedade em seguir a regra imunológica de transplantação para terapia com células-tronco embrionárias é enfatizada pelo Dr. Shynia Yamanaka em seu recente artigo de revisão (Philos Trans R Soc Lond B Biol Sci, 363(1500):2079-87, Jun 2008). Daí a importância em se empenhar na terapia com células-tronco autólogas (obtidas do próprio paciente). CONTINUA

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Em 28/05/2008 00h28
A mensagem foi clara: «As células-tronco embrionárias fracassaram. Caiu, pelo peso de sua própria irracionalidade, o uso terapêutico de células provenientes de embriões gerados por fecundação ou células humanas provenientes da transferência nuclear a óvulos (o que se conhece por clonagem terapêutica)», reiterou a Dra. Natalia López Moratalla (www.andoc.es/). Se não têm potencial terapêutico, os embriões não devem ser manipulados. Pesquisa básica pode ser facilmente realizada com células do líquido amniótico, por exemplo.

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Em 27/05/2008 15h41
Os pacientes têm pressa, muita pressa! Não se pode perder tempo: -as pesquisas com Células-Tronco Embrionárias (CTEs) não conseguiram curar e nem sequer tratar nenhum tipo de doença no mundo até hoje; -diversos países já estão desistindo das pesquisas com CTEs e apostando alto nas pesquisas com Células-Tronco Adultas (CTAs); -as pesquisas com CTAs estão sendo utilizadas com eficiência no tratamento de mais de 73 doenças. Por que então enganar os pacientes? É preciso distinguir células-tronco EMBRIONÁRIAS das células-tronco ADULTAS: as primeiras (embrionárias) não têm potencial terapêutico devido especialmente à rejeição imunológica; dentre as adultas, que também incluem as encontradas no cordão umbilical e na medula óssea, as células reprogramadas iPS se destacam como importante alternativa para abordagens terapêuticas.

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Em 22/05/2008 15h17
Que tal lembrar que células-tronco embrionárias não têm potencial terapêutico devido à rejeição, e citar as células iPS como a melhor alternativa? Não se pode perder tempo, os pacientes têm pressa, muita pressa!
"Pesquisa com células embrionárias fracassou" (www.andoc.es/) - Segundo a Dra. Natalia López Moratalla, catedrática de Biologia Molecular e Presidente da Associação Espanhola de Bioética e Ética Médica, "existem cerca de 600 protocolos que utilizam células-tronco adultas, e não se apresentou nenhum com células de origem embrionária". As células adultas "possuem o mesmo potencial de crescimento e de diferenciação das células-tronco embrionárias e substituem muito bem as possibilidades de biotecnologia sonhadas para aquelas". "As últimas descobertas sobre as possibilidades terapêuticas das células-tronco adultas põem em suspeita, abertamente, as duas grandes 'promessas' propiciadas pela nova lei espanhola de biomedicina: o uso e criação de embriões para pesquisa, e a chamada clonagem terapêutica", reiterou.
É importantíssimo acrescentar as palavras do Dr. Shynia Yamanaka: "Embryonic stem cells are promising donor cell sources for cell transplantation therapy, which may in the future be used to treat various diseases and injuries. However, as in the case for organ transplantation, immune rejection after transplantation is a potential problem with this type of therapy" (Philos Trans R Soc Lond B Biol Sci, 363(1500):2079-87, Jun 2008).

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Em 09/05/2008 19h36
A Imunologia, ciência que dita regra para terapia com células, tecidos e órgãos, ensina que células nucleadas (incluindo óvulo e espermatozóide) expressam moléculas protéicas codificadas pelo MHC - Complexo Principal de Histocompatibilidade, denominado HLA em humanos, as quais registram biologicamente cada indivíduo de nossa espécie: estas moléculas são as responsáveis pela reação de REJEIÇÃO de aloenxerto quando o doador e o receptor não são HLA-idênticos, sendo comumente contra-indicado transplante de medula óssea (transplante de CÉLULAS-TRONCO ADULTAS) na vigência de incompatibilidade HLA entre o paciente e seu provável doador.
Diferentemente do observado na espécie humana, os estudos com camundongos empregam animais geneticamente idênticos (clones), ou seja, MHC-idênticos, o que permite a livre transferência de células, tecidos e órgãos entre os animais na ausência de rejeição imunológica, incluindo a transferência de células-tronco embrionárias a animais adultos.
Portanto, a celeuma é meramente científica: dentre os embriões congelados já existentes e eventualmente liberados, quantos seriam HLA-idênticos a um determinado paciente para que a terapia fosse eficaz? A literatura relata que tal probabilidade, entre dois indivíduos não-aparentados, varia de 1:250.000 a 1:1.000.000.

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Em 26/04/2008 18h43
Eventual terapia com células-tronco embrionárias humanas não poderia ser idealizada somente em função do excelente resultado obtido em camundongos, quando se constatou, à época, que "a célula-tronco embrionária é o único tipo celular capaz de se diferenciar em neurônio". Cabe lembrar que estas células, como toda célula nucleada, expressam proteínas próprias (denominadas HLA em humanos) que registram biologicamente cada um dos indivíduos da espécie: a diferença nestas proteínas, entre o doador e o receptor de enxertos, é a causa da rejeição imunológica. Entretanto, nos estudos com camundongos, foram utilizados animais geneticamente idênticos (clones), o que permitiu a transferência de células-tronco embrionárias a animais adultos na ausência de rejeição. Estes resultados só seriam observados na espécie humana se o doador das células (no caso, o embrião) e o receptor das mesmas (o paciente/deficiente físico) compartilhassem o HLA, como ocorre entre gêmeos monozigóticos e, com probabilidade de 25%, entre irmãos de uma mesma família.
Devemos apoiar, portanto, as pesquisas com células-tronco ADULTAS, incluindo as células iPS que tiveram seu potencial de uso em terapia recentemente comprovado, pois sendo células autólogas (derivadas do próprio paciente/deficiente físico) não precisam enfrentar a rejeição imunológica, e a sua utilização para tratamento de doenças graves independe da aprovação do Artigo 5º da Lei de Biossegurança.

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Em 20/04/2008 20h11
O uso das células humanas iPS (que tiveram seu potencial de uso em terapia recentemente comprovado) para tratamento de doenças graves independe da aprovação desta lei, pois são células-tronco "reprogramadas", derivadas de células adultas do próprio paciente (células autólogas). Portanto, a polêmica é basicamente científica!

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Em 10/04/2008 17h11
As células-tronco "reprogramadas" iPS não precisam mais ser obtidas com a introdução de genes ou com a utilização de retrovírus como vetor. Segundo a Profa. Dra. Alice Teixeira Ferreira, a PrimeGen já está apresentando um método mais rápido e 1000 vezes mais eficiente: as proteínas necessárias para induzir a pluripotência nas células adultas são levadas por partículas de carbono que são rapidamente incorporadas pelas células adultas (usaram células da pele, de rim e da retina). Afirma também que não tem de se preocupar com a manipulação genética que na verdade não ocorre, pois o que se faz é ativar genes que estavam silenciados. Por outro lado, prossegue, a reprogramação foi estudada primeiramente em camundongos e podemos continuar usando estes animais para estudar o comportamento de células embrionárias, pois afinal existe uma homologia de 95% entre o genoma destes animais e o humano.

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Em 09/04/2008 14h56
Prezado sr Valdir,
Recomendo a leitura de um bom livro atualizado de Imunologia, tal como o livro "Imunologia Celular e Molecular" (Abul K. Abbas, Andrew H. Lichtman e Shiv Pillai - 6a. ed., 2007 - Editora Elsevier), para melhor compreensão dos mecanismos imunológicos pertinentes; por exemplo: distinção entre barreira alogênica e barreira xenogênica.

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Em 08/04/2008 14h13
Prezado sr. André Messias,
Agradeço a consideração, mas prefiro que o próprio autor se manifeste a respeito, pois o RG mencionado em seu trabalho pode ter outra conotação que não a do HLA.

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Em 07/04/2008 22h47
Como Professora de Imunologia da UNIFESP, gostaria de parabenizar a Folha Online pela belíssima reportagem publicada hoje (07.04.2008) sobre o potencial funcional das células-tronco "reprogramadas", ciência esta que verdadeiramente dignifica a humanidade.
Três grupos de cientistas (Takahashi et al., 2007; Yu et al., 2007; Park et al., 2008) já anunciaram que as equivalentes em humano, as Células Humanas iPS, também estão chegando.
As células humanas iPS são similares às células-tronco embrionárias, porém são derivadas de células (ex: da pele) do próprio indivíduo (paciente/deficiente físico) e portanto não terão que enfrentar a barreira alogênica ao serem utilizadas como tratamento/terapia.
Profa. Dra. Zulma Peixinho

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Em 02/04/2008 13h35
Prezado Sr. Eduardo Camillo,
A rejeição de aloenxerto (transplante entre humanos) é causada por diferenças entre o RG biológico (HLA) do doador e do receptor. Os genes HLA que codificam para as moléculas na superfície das células são transmitidos por herança Mendeliana simples, ou seja, metade do material genético nós herdamos do pai e a outra metade, da mãe. Dentro de uma mesma família, existe então a probabilidade de 25% de dois irmãos serem HLA idênticos, isto é, de compartilharem o material recebido do pai e da mãe, tornando possível a seleção de um irmão para doar medula óssea (células-tronco adultas) para transplante. Entre indivíduos não aparentados, contudo, esta probabilidade varia, de acordo com a literatura científica, de 1:250.000 a 1:1.000.000.
A mesma regra imunológica deveria ser aplicada para terapia com células-tronco embrionárias, o que inviabiliza sua aplicação para tratamento.
Já nos casos de transplante de órgãos sólidos (ex: coração, rim), as drogas immunossupressoras atuais são capazes de controlar a agressividade do sistema imunológico do receptor contra o enxerto, permitindo que o requisito de compatibilidade HLA entre doador e receptor seja bem mais flexível.

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