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Comentários de Zulma Peixinho SAO PAULO / SP
Em 28/03/2008 23h06
A celeuma do tratamento com células-tronco embrionárias humanas poderia ter sido precocemente solucionada, particularmente no âmbito científico. A que se deve esta falha/omissão?
Acompanhando a Imunologia há 35 anos, fico perplexa de ver que os cientistas atuais parecem tratar da eventual terapia (tratamento) com células-tronco embrionárias humanas com a mesma abordagem aplicada a transplantes de córnea e de órgãos sólidos, haja vista a ampla e irrestrita mobilização nacional que tem causado comoção e revolta infundadas.
Sabe-se que para tratamento com células-tronco embrionárias humanas é necessário seguir as mesmas leis de transplantação adotadas para transplante de medula óssea, ou seja, compartilhamento do RG biológico (HLA) pelo doador das células (embrião) e receptor das mesmas (paciente/deficiente físico). A obrigatoriedade em seguir esta norma propiciaria que as células pudessem exercer seu efeito biológico in vivo, sem serem rapidamente rejeitadas pelo sistema imunológico do paciente/deficiente físico.
O inusitado é que tal regra imunológica, que parece ser desconhecida, ou é omitida, pelos pesquisadores em questão, está vastamente documentada e ilustrada na literatura científica mundial atual (ex: http://www.sciencedaily.com/releases/2007/12/071220123837.htm), que afirma:
1 - existe uma barreira imunológica intransponível (barreira alogênica) que NÃO permite a transferência aleatória de células-tronco em humanos, sejam elas células-tronco adultas ou não.
2 - as células-tronco embrionárias humanas NÃO podem ser utilizadas para tratamento (terapia) porque a reação imunológica de rejeição (resposta alogênica) é potente, rápida e dominante.
Até que ponto, então, seria recomendável a liberação de pesquisas com células-tronco embrionárias humanas a pesquisadores apresentando importante falha/omissão de conhecimento científico fundamental? Qual seria o "admirável" mundo novo a ser vislumbrado?

Em Células-tronco
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Em 24/03/2008 05h07
Com o objetivo de contribuir para a resolução do embate, gostaria de relembrar alguns conceitos básicos de Imunologia, fundamentais para o desenvolvimento de estratégias que envolvam terapia com células.
Qualquer célula nucleada humana, seja ela de embrião, de feto ou de indivíduo adulto, expressa aloantígenos HLA na superfície celular, os quais constituem o RG biológico de um indivíduo. A decodificação deste RG é realizada em testes de exclusão de paternidade, e na seleção imunológica de doadores para transplante de células, tecidos ou órgãos. No caso de transplante de medula óssea (células-tronco adultas), o doador e o receptor têm que ser HLA idênticos, ou seja, têm que compartilhar o RG biológico; entre indivíduos não aparentados, esta possibilidade é extremamente baixa.
O requisito de compatibilidade HLA plena também se aplicaria, obrigatoriamente, à terapia com células-tronco embrionárias humanas, a fim de que estas células pudessem exercer seu efeito biológico in vivo, sem serem rapidamente rejeitadas pelo sistema imunológico do paciente.
Contudo, a existência da barreira alogênica não permite vislumbrar efetividade de tal abordagem terapêutica: a resposta imunológica de rejeição (resposta alogênica) é potente e dominante. Cabe acrescentar o risco potencial de reação de enxerto versus hospedeiro.
Recomendo a leitura do livro "Imunologia Celular e Molecular" (Abul K. Abbas, Andrew H. Lichtman e Shiv Pillai - 6a. edição, 2007 - Editora Elsevier) para melhor compreensão dos mecanismos imunológicos pertinentes.

Em Células-tronco
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Em 23/03/2008 03h35
A Imunologia ensina que qualquer célula nucleada, seja ela de embrião, de feto ou de indivíduo adulto, expressa aloantígenos HLA na superfície celular, os quais constituem o RG biológico de um indivíduo. A decodificação deste RG é realizada em testes de exclusão de paternidade, e na seleção imunológica de doadores para transplante de células, tecidos ou órgãos. No caso de
transplante de medula óssea (células-tronco adultas), o doador e o receptor têm que ser HLA idênticos, ou seja, têm que possuir o mesmo RG biológico; entre indivíduos não aparentados, esta possibilidade é extremamente baixa. O requisito de compatibilidade HLA plena também
se aplicaria obrigatoriamente em terapia com células-tronco embrionárias humanas, a fim de que tais células pudessem exercer seu efeito biológico sem serem rapidamente rejeitadas pelo sistema imunológico do paciente/deficiente físico; isto sem falar no risco potencial de reação de enxerto versus hospedeiro.
Diante deste quadro, já que as células-tronco embrionárias humanas NÃO têm aplicação terapêutica devido à dominante reação imunológica de rejeição (barreira alogênica), seria cauteloso sugerir a limitação das pesquisas a modelos experimentais que, sem nenhum demérito, muito têm contribuído para o desenvolvimento da ciência em prol da humanidade. Aliás, a quase totalidade do conhecimento atual da Imunologia é decorrente de estudos em animais.
Precisamos evitar assim mais conflitos e falsas expectativas.

Em Células-tronco
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Em 21/03/2008 21h47
Acompanho a Imunologia há 35 anos, e às vezes paro para reflexão:
será que os cientistas esqueceram (ou não sabem) que qualquer célula nucleada, seja ela de embrião, de feto ou de indivíduo adulto, expressa aloantígenos HLA em sua superfície, e que, quando não é própria do paciente/deficiente físico, será rejeitada (eliminada) pelo seu sistema imunológico?
A Imunologia é que dita a regra da terapia com células, tecidos e órgãos!
Diante disso, já que as células-tronco embrionárias humanas NÃO têm aplicação terapêutica devido à dominante reação imunológica de rejeição (barreira alogênica), penso que as cientistas requerentes do uso de embriões humanos façam suas pesquisas em embriões de animais.
Evitemos mais conflitos e falsas expectativas.

Em Células-tronco
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