Carta CBN

VAGAS NA LIVRARIA CULTURA
"Sou administrador de empresas, tenho 57 anos (40 deles rodados por empresas de grande porte -nacionais e transnacionais e, nos cinco últimos, sócio-gerente de uma pequena empresa.

Ouço rádio quando estou no carro e ouço a CBN. E gosto; inclusive das suas participações. Escutei ouvi seu comentário sobre vagas de emprego a R$ 4.500,00 + bônus + seguro saúde + bolsa em faculdade (graduação/pós-graduação) na Livraria Cultura. Ouvi também seu comentário sobre necessidade de, preferencialmente, ensino médio de qualidade.

Sobre a Livraria Cultura, parece ser um bom emprego para estudante ou recém formado(a). Ocorre que este tipo de empresa, em geral, apenas aparentemente, está preocupada com o empregado. Na realidade, quer alguém que trabalhe de segunda a domingo (como em shopping).

Seu empregado estará, a cada dia, mais cansado, mais esgotado, sem tempo para se distrair e, muito menos, para estudar. E por isto não irá utilizar a bolsa de estudos e não terá como evoluir. Geralmente, são escalas com turnos alternados que não permitem que o empregado tenha um horário para si.

A cada dia, semana ou mês, muda o horário. Não fazem uma escala que permita ao empregado ter pelo menos 2 fins-de-semana livres para descansar e estar com seus pares. E, resultado: quem é bom não vai para lá ou lá não fica.

Certos empresários precisam realmente praticar a preocupação com o empregado e não apenas parecer que se preocupam (ou talvez se preocupem mas não tenham real entendimento de como se relacionar de forma mais humana e disto obter resultados para a empresa).

Quanto ao ensino, sou totalmente a favor de que o Estado propicie estudo gratuito principalmente aos que mais necessitam. Sou a favor de que o governo distribua bolsas. Sou tão a favor que chego a ser contra a existência do ensino público, exceto para casos específicos, como talvez para a formação de professores, pesquisadores e cientistas em todos os níveis.

Como quase tudo que é gerido por governo não funciona, penso que escolas deveriam ser privadas e que o governo deveria dar um "cheque" mensal (de igual valor dentro de cada nível escolar) para cada estudante. As escolas - privadas - teriam que atender a um nível mínimo (mínimo de qualidade). Quem quisesse mais que o mínimo para o seu filho que pagasse por isto.

A escola seria uma concessão e, avaliada periodicamente (escola e seus alunos), teria que dar resultado ou perderia a concessão. A um custo bem menor que o atual, o nível mínimo a que me refiro permitiria uma língua estrangeira e educação física.

Mas, concordando com sua tese, dar faculdade gratuita a quem não recebe um ensino fundamental no mínimo regular é jogar dinheiro fora, é enriquecer proprietários de muita faculdade que sequer deveria existir. Precisamos de:

1º) formar professores do ensino básico. Os existentes são, em muitos casos, lastimáveis;
2º) valorizar, com ensino e com trabalho o professor do ensino básico e, através dele, dar ensino
básico às nossas crianças para que se pare de gerar ignorantes;
3º) investir pesado no ensino médio profissionalizante para todas as classes sociais, mas, em
especial, para os mais necessitados; quem faz um bom curso técnico-profissionalizante, em
geral sai da escola bem empregado e, ao optar por cursar o terceiro grau, tem condições de se
bancar. Além de tudo fará economia para o governo pois não precisará da bolsa (ou pelo
menos não de bolsa integral)."
João Augusto Moreira, Itu (SP) - jaugustomoreira@uol.com.br



NOVA SECRETÁRIA
"Mais uma troca de titular na pasta da Educação no Estado de São Paulo. Mais uma vez, o magistério de Campinas e de todo o Estado acalenta a esperança de ter à frente da Secretaria Estadual da Educação uma pessoa que seja sensível aos inúmeros problemas que afligem a escola pública paulista.

Que o governo se preocupe, e se ocupe, em resolver esses problemas, sem medidas pirotécnicas nem maquiagem. O magistério quer ser ouvido, e não apenas "escutado".

A imprensa divulgou que a nova Secretária tem fama de "durona". Para nós, é irrelevante. O que nos interessa, acima de tudo, é a melhoria do ensino, nas escolas públicas estaduais e da qualidade de vida dos professores, o que se dá pela competência. E isso, segundo a mesma imprensa, a nova Secretária Estadual da Educação, tem de sobra."
Palmiro Mennucci, Presidente do Centro do Professorado Paulista - rank@uol.com.br




EXPERIÊNIA EM DENVER
"Ouvi na CBN o seu comentário a respeito da cidade americana que aumentou seus impostos par elevar o rendimento dos alunos da rede pública. Muito bonito, é uma lição de cidadania. Mas convenhamos, em Terras Brasilis coisas semelhantes já nos foram impostas para melhorar a saúde (CPMF), para melhorar as estradas (impostos nos combustíveis), para melhorar a infra-estrutura aeroportuária, para modernizar os portos... e nada acontece.

Pelo contrário, a carga tributária aumenta, o dinheiro é surrupiado de nossos bolsos e, sabidamente, não é aplicado onde deveria ou se propunha empregar.

Cansei de ser o bom cidadão e sempre pagar dobrado por tudo o que o governo promete no palanque e é dever de estado. Enquanto não tivermos dirigentes sérios, que cumpram e entendam o significado de Contribuição Provisória, acho melhor deixarmos de lado estas idéias e passarmos a cobrar pelo bom emprego dos nossos impostos.

Dinheiro não falta, já temos a maior carga tributária do mundo - mas é mais fácil cobrar mais de uma minoria de bons cidadãos do que moralizar e modernizar a máquina e realmente profissionalizar a gestão."
Thomaz Yamada, Americana (SP) - thomaz.yamada@br.bosch.com

ANTIGA RODOVIÁRIA
"São tantas as notícias interessantes que você dá sobre São Paulo, e a que diz respeito a recuperação da antiga rodoviária de São Paulo para transformá-la em escola de dança é muito interessante. Será possível, assim, salvar um local onde, quando criança, ia sempre em julho para viajar para o sul de Minas .

Outro dia, passando por ali, pensei “por que não recuperam este espaço?”, assim vamos afastando prostitutas, ladrões... E que tal implodir um ou dois prédios, que pelo visto tornaram-se um cortiço vertical também nos arredores da praça.

Não sei qual a melhor notícia dada por você, creio que as de educação sobrepõem as culturais, mas esta vale nota 10."
Amaury Marinho - amaury.marinho@terra.com.br




SACOS PLÁSTICOS
"Realmente concordo que seja um grande problema usarmos os sacos plásticos. Gostaria de sugerir que apóiem quem já está fazendo alguma coisa para mudar essa realidade. Como o caso do supermercado Wall Mart, que oferece carrinhos especiais feitos de caixa de papelão."
Mario Jorge Gianotto, São Paulo Bernardo do Campo (SP) - marinho@osite.com.br

COOPAMARE
"Comunicamos que a Coopamare (primeira cooperativa de catadores de materiais recicláveis do Brasil), localizada em Pinheiros, São Paulo, recebeu esta semana uma ordem de despejo.

A cooperativa tem um prazo de desobediência válido por 10 dias. Estamos nos movimentado em relação ao que será possível fazer juridicamente, por isso solicitamos a solidariedade de todos."
Roberval Freire, São Paulo (SP) - robervalfreire@gmail.com

AVENIDA SUMARÉ
"Morador da região como é, sabe que o canteiro central da Av. Sumaré é utilizado para a prática de esportes. Contudo, em detrimento das melhorias que as pistas receberam nos últimos anos (e meses), onde até os motoqueiros ganharam faixa especial, os caminhantes e corredores ainda utilizam um canteiro central em ruínas.

Se tiver oportunidade, dê uma passadinha rápida por lá e poderá testemunhar os sinais de abandono. Diversas tampas das caixas de fiação sob a “ciclovia” estão quebradas, e nesses vãos cabem perfeitamente uns pés, ou seja, o risco de acidentes graves é alto, isso sem contar com os desníveis e as rachaduras do piso causado pelas raízes das árvores.

Acredite, que além da capina, nada foi feito desde a inauguração da “ciclovia” de 650 metros, quando Celso Pitta passou o bastão para Paulo Maluf. O aumento da extensão da pavimentação até o início da avenida já deveria ter sido realizado há anos, pois a demanda é enorme.

Apelo ao seu empenho, força e influência sobre as pessoas que possam resolver este problema, e desde já, o convido para que nos acompanhe em nossa Caminhada Noturna que realizamos todas às segundas-feiras, pontualmente às 21:00.

A saída é no começo da avenida, onde funcionava a antiga Gelateria Parmalat e hoje é uma Autorizada LG. Caminhamos por duas horas em roteiros variados: Vila Madalena, Higienópolis, Alto de Pinheiros, etc."
Roberto D. Arneiro - roberto-arneiro@uol.com.br

PAN
"O Pan realmente foi incrível, afinal nos deu noção de poder, tendo em vista que os esportes coletivos. Quando unidos, alcançamos melhores resultados. Acho que estamos apreendendo a lição de organização, que ora esquecemos no militarismo."
Antonio Paulino da Silva Júnior, São Paulo (SP) - antoniounidos@terra.com.br

***

"Falam que o Pan foi tudo de bom. Mas e o superfaturamento das obras em mais de 600%? Imagina com uma Olimpíada o quanto não vão gastar..."
Rafael, Curitiba (PR) - rafel.ruiz@hotmail.com

CRÍTICA
"Gilberto, você fala com tanto entusiasmo de São Paulo, que penso que não freqüentamos os mesmos lugares. Por São Paulo, entendo a Praça João Mendes - com seu cheiro de urina, sujeiras e mendigos. Por São Paulo, entendo a Avenida Roberto Marinho - com sua favela crescendo a cada dia que passa, derramando lixo, calotas, vidros...

Vamos parar de elogiar nosso Prefeito Kassab para pedir providências?"
Dalila Suannes Pucci, São Paulo (SP) - dalilasp@uol.com.br

PRAÇA DA REPÚBLICA
"Sou artesã e freqüentadora da Praça da República. Há algum tempo não ia à praça, então foi com surpresa que constatei que praticamente um dos pontos turísticos de São Paulo sumiu.

A quantidade de estrangeiros que lá iam era surpreendente. Poucos são os artistas que no local estão, e não é só pelas obras que estão sendo feitas.

Também os estacionamentos que eram usados para exposições e vendas na Praça e na rua Marquês de Itu foram fechados. Fui informada que o prefeito Kassab tirou essa "paisagem" de nossa cidade.

Tenho uma sugestão: Por que não ocupar parte do espaço que substituiu o Carandiru? A área se tornou um local ótimo, onde se poderia, inclusive, construir um galpão para que os artistas exponham suas obras. "
Jane Asiakevicius - januskka@ig.com.br

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