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capital humano

07/07/2008


Brasileiro ignora doença que mais mata

 

Pesquisa mostra que população não conhece o AVC, doença que no ano passado matou cerca de 30 mil pessoas no país

Pessoas confundem o acidente vascular cerebral até mesmo com câncer; desconhecimento prejudica prevenção e tratamento

Os brasileiros não conhecem a doença que mais mata no país e mais deixa inválidos permanentes. Segundo um estudo publicado no início do ano na revista científica "Stroke", 90% dos brasileiros dizem não ter nenhum tipo de informação sobre o AVC (acidente vascular cerebral), o que atrapalha a prevenção e o tratamento.

Popularmente conhecido por derrame, o tipo mais comum ocorre quando coágulos entopem vasos que levam sangue à cabeça e, como conseqüência, danificam partes do cérebro responsáveis por funções do corpo como a respiração ou a locomoção.
Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 168 mil pessoas foram hospitalizadas no Brasil no ano passado em decorrência de AVCs. Dessas, perto de 30 mil morreram.

Para o estudo publicado na "Stroke", pesquisadores entrevistaram 800 pessoas de diferentes níveis sociais nas ruas de São Paulo, Salvador, Fortaleza e Ribeirão Preto. Desse grupo, só 15,6% conseguiram dizer o significado da sigla AVC e 26,5% sabiam que o médico indicado para tratar a doença é o neurologista.

Confusão
Levam ao AVC problemas como pressão alta, tabagismo, sedentarismo, obesidade, diabetes, problemas cardíacos, maus hábitos alimentares, colesterol alto e estresse. Apesar da lista, 18,5% dos entrevistados não mencionaram nem mesmo um fator de risco.

A pesquisa mostra que os brasileiros confundem o AVC com problemas do coração, nervosismo, pressão alta, epilepsia e até câncer.

Esse foi o caso do funileiro César Marcos Codognotto, 41, que, há três semanas, em Ribeirão Preto (SP), repentinamente começou a sentir-se mal.

"Começou um formigamento no lado direito do corpo. Eu não conseguia me locomover. Falei para a minha mulher: "Vamos para o hospital". Tiveram de me ajudar a sair do carro. Eu já estava travado", diz.

Eram os sintomas de um AVC, mas Codognotto não imaginava: pensou ser pressão alta ou ataque do coração.

Segundo o neurologista Octávio Marques Pontes-Neto, da USP de Ribeirão Preto, um dos autores da pesquisa, "as seqüelas e as mortes ocorrem justamente porque as pessoas chegam muito tarde ao hospital".

Dos 800 entrevistados, só um sabia que existe remédio que pode evitar as seqüelas do AVC. Tal medicamento dissolve o coágulo que entope o vaso cerebral. Para funcionar, porém, a droga deve ser dada até três horas após os primeiros sintomas.

911
Os pesquisadores perguntaram qual é o telefone de emergências médicas. Apenas 34,6% disseram corretamente os números nacionais 192 (do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o Samu) e 193 (dos bombeiros). O restante não soube responder ou citou telefones errados, como o 911 (da polícia dos EUA).
"Até uns 20 anos atrás, o AVC estava estigmatizado como uma doença sem tratamento. Por causa disso, ficou negligenciado", diz o neurologista Rubens José Gagliardi, presidente da Associação Paulista de Neurologia e membro da Academia Brasileira de Neurologia. "Hoje sabemos como prevenir e temos como tratar. Para isso, porém, é fundamental que as pessoas conheçam a doença."


Ricardo Westin
Folha de S.Paulo

Baixa instrução resulta em problemas de saúde em 10% das mulheres

O problema de saúde de uma parcela considerável das mulheres brasileiras é simplesmente a falta de educação. A 3ª Pesquisa Nacional de Demografia em Saúde (PNDS), apresentada ontem em Brasília, mostra que 10% das mulheres brasileiras - cerca de 10 milhões de pessoas - têm dificuldades de cuidar de si e de seus filhos e até mesmo ter acesso às políticas públicas de saúde porque não têm escolaridade básica. O próprio governo não sabe como chegar até esse grupo.

O estudo, feito pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) com apoio do Ministério da Saúde, traz, de um modo geral, boas notícias. Entre 1996, quando a PNDS anterior foi feita, e esta última, com dados de 2006, a mortalidade infantil caiu 44%. Apenas 3,6% das mulheres não têm acesso a consultas pré-natal, e a desnutrição aguda das crianças está em 1,6%, abaixo do limite de referência da Organização Mundial da Saúde (OMS). Há mais mulheres com acesso a métodos anticoncepcionais e medicamentos, além de tratamento em hospitais.

No entanto, o grupo daquelas que não conseguiram se beneficiar do maior acesso à escola, ampliado nos últimos anos, também ficou de fora dos grandes avanços da saúde brasileira. Com isso, transmitem os problemas para seus filhos. As informações são do jornal.

Lisandra Paraguassú
O Estado de S.Paulo

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