Miguel Nicolelis
virou uma estrela mundial das neurociências e entrou
na lista de eventuais candidatos ao prêmio Nobel ao
fazer, nos Estados Unidos, onde mora, um macaco movimentar
apenas com o cérebro um computador. A aplicação
disso pode ser vista num laboratório que ele criou,
no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo,
para implantação de chips no cérebro
de vítimas de paralisia --o detalhamento está
neste
link.
Apesar da agenda carregada e cheia de viagens internacionais,
uma das preocupações de Nicolelis é ajudar
a escola pública em que estudou na cidade de São
Paulo. Esse é daqueles pequenos grandes gestos que
se prestam de exemplo.
Sua idéia é criar naquela escola pública
(Napoleão de Carvalho) um centro experimental para
ajudar as crianças a aprenderem ciências e servir
de espaço para que os pedagogos em geral conheçam
as novas descobertas das neurociências --coisa que nem
remotamente aparece nas faculdades que formam professores.
Batizado com o nome provisório de "Escola do
Cérebro", a proposta de Nicolelis mostra que para
ser grande é, muita vezes, necessário pensar
pequeno --ou seja, fazer a diferença do que está
ao lado.
Se as melhores cabeças de uma nação
começarem a se envolver na educação pública,
ganharemos rapidamente mais cérebros. Como mostram
os estudos de neurociências, ensinar é algo complexo
demais para ficar apenas na mão de pedagogos.
Links relaionados:
Cérebros
de São Paulo
Médicos
de São Paulo lideram pesquisa de cérebro computacional
Coluna originalmente
publicada na Folha Online, editoria Pensata.
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