O país
acompanha atentamente a redução de mortes no
trânsito, depois do endurecimento da fiscalização
contra os motoristas que bebem --esse é mais um detalhe
de um movimento, espalhado por todo país, acima dos
partidos, contra as mortes estúpidas. São vitórias
contra a barbárie de toda uma geração
de pessoas que apostaram na educação para a
cidadania.
Nada mais estúpidas do que as mortes, quase todas
facilmente evitáveis, de crianças. Poucas notícias
são socialmente tão interessantes quanto a queda
de 44% da mortalidade infantil nos últimos dez anos.
Nesse período, a desnutrição infantil
caiu, no Nordeste, 70%.
Aos poucos, a democracia vai ensinando o país a enfrentar
a violência --lembre-se de toda a campanha contra o
porte de armas-- e a miséria, com programas mais focados
nos mais pobres. Já temos também metas educacionais
de longo prazo. Cada vez mais, imagina-se a escola como um
grande centro de articulação de políticas
públicas.
As vitórias, medidas em números, contra a barbárie
é um dos fatos novos no país, no qual vamos
gerando modelos contra a barbárie. É ainda pouco,
mas já podemos, aqui e ali, comemorar.
***
É imprescindível o modelo de gestão de
Apucarana, no Paraná, fazendo da escola o eixo articulador.
Lá, os níveis de educação estão
acelerando rapidamente, devido ao cruzamento, em torno da
educação, das mais diferentes políticas
públicas. É mais um dos exemplos de gestão
que se vão espalhando pelo país, mostrando como
fazer muito como pouco. A experiência está detalhada
neste link.
Coluna originalmente publicada na Folha Online,
editoria Pensata.
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