Crise
atinge quem vive da crise
Até quem
vive das dificuldades econômicas e financeiras dos outros
está sendo atingido pelos cortes. Depois de procurar emprego
por dois anos, Antônio Costa da Silva decidiu viver das dificuldades
alheias. Passou a vender porta-documentos e capas para carteiras
de trabalho em frente a um Poupa Tempo (local onde se tira documentos
mais rapidamente). Agora, ele está ameaçado pela crise.
É que
houve corte de recursos nos programas de recolocação.
Com isso, o número de atendimentos em postos que cadastram
desempregados caiu. Resultado é que Antônio Costa da
Silva não tem para quem vender os apetrechos e, quando tem
a pessoa não tem dinheiro para gastar com supérfluos.
Depois de trabalhar 25 anos em um mesma empresa, com carteira assinada
e tudo, ele deve engrossar a fila dos desempregados.
Unidades de
cadastramento de desempregados foram fechadas e alguns dos que ajudavam
trabalhadores a encontrar emprego agora estão nas filas à
procura de uma vaga. Na Força Sindical as queixas ganham
a dramaticidade de quem se opõe ao governo. Na Central Única
dos Trabalhadores (CUT), braço sindical do partido do governo,
os dados são tratados como desafios que devem ser vencidos
com criatividade. Mas nem a criatividade está ajudando o
vendedor de capas de carteira de trabalho.
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- Cortes
atingem centros de ajuda a desempregados
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