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Dia 13.11.02

 

Aposentadas sustentam e chefiam famílias brasileiras

A crescente participação da mulher no mercado de trabalho, por motivos comportamentais ou puramente econômicos, já provoca mudanças profundas na vida da população idosa feminina. De dependentes no passado, essas mulheres estão assumindo, agora com suas aposentadorias, o papel de provedoras.

Segundo uma pesquisa realizada pela Escola Naciona de Ciências e Estatísticas (Ence) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as famílias sustentadas por pessoas idosas, de uma maneira geral, estão melhores do que as chefiadas por pessoas não idosas. Enquanto o rendimento médio per capta das famílias ditas "tradicionais" é de R$ 304,41, nas chefiadas por idosas, passa de R$ 347.

O estudo apontou ainda que essas mulheres assumiram também papéis que não previstos até tempos atrás. A proporção de filhos adultos morando com mães idosas passou de 25%, em 1981, para 27,7%, em 1997. Além desse fato, foi observado um crescimento na proporção de crianças menores de 14 anos residindo na mesma casa. Em 1981, eles estavam em 3,8% dessas famílias. Hoje, moram em mais de 4,3% delas. Fora reunirem filhos adultos, netos e agregados, as famílias chefiadas por idosas são as que têm o maior número de crianças e adolescentes frequentando a escola. A taxa é de 75,7%, contra 67% das crianças brasileiras da mesma idade, mas que não moram com os avós.

Leia mais:
     - Mulheres idosas passam de dependentes a provedoras

 

 
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Mulheres idosas passam de dependentes a provedoras

A crescente participação da mulher no mercado de trabalho - seja por motivos comportamentais ou puramente econômicos- já provoca mudanças profundas na vida da população idosa feminina. De simples dependentes, essas mulheres estão repetindo aquilo que já faziam durante a época em que ainda estavam trabalhando e assumindo, agora com suas aposentadorias, o papel de provedoras.

"Aquilo que já sabíamos sobre as mulheres jovens começa a aparecer na velhice. Há cada vez mais mulheres chefiando famílias no Brasil", afirma Maria Tereza Pasinato, pesquisadora do Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Maria Tereza e a coordenadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Ana Amélia Camarano acabam de publicar um estudo que comprova a melhora absoluta e relativa nas condições de vida das mulheres idosas. Segundo elas, a importância de estudar este grupo deve-se à crescente participação delas não apenas no contingente de idosos - que praticamente triplicou nos últimos 60 anos - como também no total da população. De acordo com o Censo de 2000, 55% do contingente de pessoas maiores de 60 anos era composto por mulheres.

O levantamento comprovou que estas famílias estão em condições melhores de vida do que aquelas chefiadas por pessoas não idosas, de uma maneira geral. Enquanto o rendimento médio per capta das famílias ditas "tradicionais" é de R$ 304,41, nas chefiadas por idosas, passa de R$ 347.

Mostrou também que, do ponto de vista dos arranjos familiares, são crescentes as taxas de chefia de família femininas e decrescentes as de mulheres classificadas na categoria "outro parentes" na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD)do IBGE.

O levantamento aponta ainda um fato curioso. Essas mulheres estão assumindo papéis não previstos nem pela literatura nem pela política. "A literatura caracteriza essas famílias como ninhos vazios, mas verificamos que apenas um terço delas está nessa categoria." As demais, afirma Maria Tereza, podem ser caracterizadas como ninhos que estão se enchendo de filhos e netos. A proporção de filhos adultos morando com mães idosas passou de 25%, em 1981, para 27,7%, em 1997. E continua crescendo. Além dos filhos adultos, foi observado um crescimento na proporção de crianças menores de 14 anos residindo na mesma casa. Em 1981, eles estavam em 3,8% dessas famílias. Hoje, moram em mais de 4,3% delas.

Fora reunirem filhos adultos, netos e agregados, as famílias chefiadas por idosas são as que têm o maior número de crianças e adolescentes frequentando a escola. A taxa é de 75,7%, contra 67% das crianças brasileiras da mesma idade, mas que não moram com os avós.

Para a pesquisadora, a nova Previdência tem um papel fundamental no processo de melhoria de vida dessas mulheres. "A constituição de 1988 introduziu o conceito de seguridade social, estabeleceu a universalização dos direitos e a equivalência entre os benefícios urbanos e rurais. Além disso, não podemos descartar que a legislação beneficia a mulher com a possibilidade de se aposentar um pouco mais cedo que os homens, um artifício para compensar o tempo despreendido com a maternidade e na jornada dupla, casa-trabalho."

Além disso, as pesquisadoras lembram que, no caso da população idosa feminina, normalmente existe a possibilidade da sobreposição de benefícios. "Caso a mulher tenha se casado e ficado viúva, ela terá o seu benefício e o de seu marido. Isso cria subgrupos bastantes protegidos", diz Maria Tereza. Aproximadamente 15% das idosas brasileiras estão nessa situação .

(Valor - 13/11/02)

 

 
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