CUT
e Força Sindical são contra fim de multa do FGTS
As centrais
sindicais criticaram as declarações do ministro do
Trabalho, Jaques Wagner, que criticou a multa de 40% sobre o FGTS
(Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), em caso de demissão
sem justa causa, devido a fraudes.
"Uma extinção
da multa" vai estimular as demissões e a rotatividade
nas empresas", afirmou o presidente da CGT (Central Geral dos
Trabalhadores), Antônio Carlos dos Reis. Os sindicatos prometem
fazer uma grande mobilização para defender esse direito,
garantido na Constituição de 1988, caso o ministério
tome a decisão sem antes debater o tema.
Para o presidente
da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, o
governo deve agir para facilitar as contratações e
dificultar as demissões. O sindicalista ainda defendeu a
ampliação do seguro-desemprego, dos atuais cinco meses
para até 12 meses de benefício. Segundo ele, a liberação
do seguro ficaria condicionada à matrícula do trabalhador
em cursos de requalificação profissional.
Já o
secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de
São Paulo, Eleno José Bezerra, acredita que a proposta
de Wagner atende apenas aos interesses do empresariado. Em contrapartida,
os empresários apoiaram o fim da indenização,
alegando que a multa onera a folha de pagamentos e intimida as empresas
na hora de contratar, dada a preocupação com o valor
das demissões.
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mais:
- Centrais são contra fim de multa do FGTS
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Centrais
são contra fim de multa do FGTS
As centrais
sindicais criticaram as declarações do ministro do
Trabalho, Jaques Wagner, que criticou a multa de 40% sobre o FGTS
(Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), em caso de demissão
sem justa causa, devido a fraudes.
"Uma extinção
da multa" vai estimular as demissões e a rotatividade
nas empresas", afirmou o presidente da CGT (Central Geral dos
Trabalhadores), Antônio Carlos dos Reis. Os sindicatos prometem
fazer uma grande mobilização para defender esse direito,
garantido na Constituição de 1988, caso o ministério
tome a decisão sem antes debater o tema.
O presidente
da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, defendeu
o aumento da fiscalização contra as fraudes em lugar
da extinção da indenização. "O
governo deve agir para facilitar as contratações e
dificultar as demissões", disse.
O sindicalista
ainda defendeu a ampliação do seguro-desemprego, dos
atuais cinco meses para até 12 meses de benefício.
Segundo ele, a liberação do seguro ficaria condicionada
à matrícula do trabalhador em cursos de requalificação
profissional.
Para o secretário-geral
do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Eleno
José Bezerra, a proposta de Wagner atende apenas aos interesses
do empresariado. "Não quero acreditar que o lobby empresarial
já está funcionando a ponto de convencer o ministro
a acabar com o que ele próprio chamou de ônus sobre
a demissão."
"É
um compromisso deste governo negociar a legislação
trabalhista com os sindicatos. Tomaremos providências se o
governo não cumprir a promessa", completou o presidente
da CUT (Central Única dos Trabalhadores), João Felício.
Os empresários
apoiaram o fim da indenização, alegando que a multa
onera a folha de pagamentos e intimida as empresas na hora de contratar,
dada a preocupação com o valor das demissões.
Para Dagoberto
Lima Godoy, diretor da CNI (Confederação Nacional
da Indústrias), a proposta é bem-vinda, "desde
que não venha associada à estabilidade dos empregados".
O presidente do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção
Civil de São Paulo), Artur Quaresma, diz que o fim da multa
corrigiria uma "distorção" no setor. "Os
construtores têm custos elevados cada vez que demitem os trabalhadores
no fim das obras."
Synésio
Batista da Costa, vice-presidente da Fiesp, calcula que o provisionamento
de custos para uma empresa que tenha mil funcionários, com
cinco anos de casa
(Folha de
S. Paulo - 07/01/03)
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