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E. Aumentos salariais com correção automática

No momento da implantação do Real os preços atingiram níveis de Primeiro Mundo. Em cidades como São Paulo e Rio, os preços se equivalem muitas vezes aos praticados em cidades como Nova York. E o pior, atingindo principalmente, como sempre, os trabalhadores de baixa renda, porque os salários continuaram de Terceiro Mundo.

De lá para cá a situação só tem piorado, com os salários congelados (ou quase isso) e os preços subindo. Somente no acumulado de doze meses finalizados em março de 2002, o gás de botijão aumentou 30,57%, as tarifas públicas cresceram 20,95%, a Saúde ficou mais cara em 20,05% e a habitação em 10,49%.

Os preços sobem, o salário desce. Entre 2001 e 2002 houve uma queda de 11,2% no salário médio na grande São Paulo. O salário mínimo de 200 reais é uma vergonha. Em março de 2002, valia 26,79% do que valia nos tempos de sua criação, em 1940.

Para comprar o mínimo necessário, o DIEESE calcula que seria preciso um salário mínimo de 1.021 reais.

Também neste aspecto é preciso dar uma especial atenção para as conseqüências do racismo. De acordo com o PNDA, em 1999, o arrocho salarial fazia com que 34% da população brasileira vivesse em famílias com renda inferior à linha de pobreza e 14% em famílias com renda inferior à linha de indigência, o que corresponde a 53 milhões de pobres e 22 milhões de indigentes.

Dentre este enorme contingente de miseráveis, negros e negras eram 64% dos pobres e 69% dos indigentes. Ou seja, do total de pobres, 33,7 milhões são negros (contra 19 milhões de brancos) e 15,1 milhões são indigentes, somando-se a 6,8 milhões de brancos.

Para se tomar outra dimensão dessa combinação entre racismo, machismo e exploração capitalista cabe lembrar que, segundo o Mapa do Inspir, há uma gritante diferença no índice de rendimento médio mensal, levando-se em consideração os quesitos raça e sexo.

Em São Paulo, por exemplo, quando para cada R$ 100 pagos para um homem não-negro, uma mulher não-negra ganha R$ 62, 5, um homem negro recebe R$ 50,6 e uma mulher negra ganha R$ 33,6. Uma desigualdade que se verifica em todo o país, como demonstram os dados abaixo.

O PSTU defende um aumento geral e imediato de salários, com correção automática de acordo com a inflação.

Defende-mos também, um aumento de 100% para o salário mínimo, com o objetivo de alcançar o salário mínimo do Dieese em um ano.


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