10/01/2003
Família
Com a morte da companheira, lésbica fica sem propriedades
da Folha de S.Paulo
“Sinto-me desamparada pelas leis.” É assim que Arineuza Vieira, 51, se refere ao novo Código Civil _que, como o velho texto, não reconhece a união estável entre pessoas do mesmo sexo.
Homossexual, ela pretende fazer um acordo ou brigar na Justiça com a família de Gilda Marques pelos bens que adquiriram juntas: dois terrenos, um carro e uma casa. Marques morreu há menos de um mês, aos 62 anos. Depois disso, começaram as brigas. “Estou extremamente magoada. Vivemos seis anos juntas, queríamos fundar um orfanato nos terrenos, que compramos com o nosso dinheiro.”
Casos como o de Vieira representam mais de 20% dos atendimentos feitos na Defensoria Homossexual de São Paulo, órgão que fornece assistência jurídica gratuita a homossexuais.
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