estilo

nas ruas
Para ser cool, um homem não precisa ter dinheiro

A grana acabou? Então, meu amigo, pegue um metrô e vá se divertir por aí. Tome um café na padoca. Nas feiras municipais, pastel e caldo de cana (aos sábados, a da praça Charles Miller é bem animada). Se jogue nas artes. O guia trimestral "Mapa das Artes" resume o melhor da cidade e é distribuído gratuitamente em galerias, museus e ateliês. Trafegue das instituições mais ortodoxas até os coletivos de jovens artistas. Tudo de graça.

Na hora de consumir moda, preste atenção nas lojas de bairro, onde tias e vovós adoram achar uma pechincha. Pode ser uma camisa, um casaquinho, um chapéu, até mesmo uma meia bem careta. Em tempos incertos as melhores escolhas são mesmo os clássicos (Hering, Havaianas...). Entre os modernos, Alexandre Herchcovitch sabe antecipar os desejos do momento. Veja a febre recente dos ícones da Disney no peito de um público maduro. Marcelo Sommer oferece em sua marca um universo de fantasia e bom gosto. Na Banca de Camisetas, de Debora Suconic, peça Liquid Sky e Candyland.

Para os lançamentos da música, passe no Promocenter e pesquise. Invista também em literatura. Valêncio Xavier, escritor cult, junta imagens a textos curtos. Escolha Patricia Melo, com uma linguagem urbana e supercontemporânea. Ou Mário de Sá- Carneiro. Ele escreveu poesias, prosa e teatro, antes de se matar aos 26 anos. Sua ironia é bem atual.

Por fim, se você já está perdendo os cabelos, não queira enganar ninguém. Crie coragem e se entregue à maquina zero. Se a cabelereira for vasta, faça a linha rock star, meio largado, comprido, desfiado, com franjão e costeletas. Algo entre o mod e o mullet. Reflexo das diversidades culturais, os meninos, hoje, variam do look careca ao Jesus Cristo. A democracia finalmente alcançou os homens.

fotos e texto renato de cara
Imagens masculinas das ruas de São Paulo

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