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o império do único

Mais do que revolucionar, mais do que vender, o objetivo primordial dos estilistas em Paris é a beleza. A principal arma é o caráter singular da roupa: tem início o império do único. Há uma nova história de feminilidade no ar, e a tentativa de interpretar (ou de criar) isso de modo contemporâneo é tendência. São evocadas imagens fortes de mulher. Famosas, como Marlene Dietrich (em Dior) e Cleópatra (na Vuitton); vagas, como as tecnológicas amazonas urbanas de Helmut Lang, ou mesmo as divas da era do jazz (anos 20 e 30), conforme interpretado por YSL e por Alexander McQueen. Em seu desfile-show, o inglês aciona o filme "A Noite dos Desesperados", remetendo às maratonas de dança de uma época de crise em que se fazia (quase) tudo por dinheiro. A moda imita a vida. (ep)

fotos fashion wire daily / ap / france presse / reuters / christopher moore limited

Veja a galeira

1. Elise Crombez em look-síntese de Helmut Lang, na coleção "Dragonfly"

2. Balenciaga se rende às estampas, como no look de espírito moda praia

3. A modelo Tiiu em momento coquette da coleção de John Galliano, com direto a laços, flores, pérolas, babadinhos e frufrus, inspirado nas bonecas vitorianas

4. Com cenário de avião, a estamparia de Hussein Chalayan remete às migrações dos cipriotas

5. Frankie Ryder com bustiê de cetim e renda usado com vestido de tule tatuado de Galliano na Dior

6. Jessica Stam em vestido de patchwork lavado, tendência interpretada por Alexander McQueen

7. Uma das mais importantes imagens da estação: Jessica Stam em lamê dourado, Cleópatra moderna da Vuitton

8. Eugenia Volodina em look da série final de vestidos de YSL, com silhueta tipo "jazz age"