Folha de S.Paulo Moda
* número 18 * ano 5 * sexta-feira, 11 de agosto de 2006
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Tecnologia humanizada



Mário Daloia

Eles criam imagens incríveis usando as ferramentas tecnológicas mais avançadas do mercado, mas apostam mesmo é na humanização da imagem. Destaques da nova geração do design gráfico brasileiro, Cadu Macedo, 27, e Guilherme Marcondes, 28, acreditam que o futuro de sua profissão está no resgate de toques artesanais.

“Como a técnica se democratizou muito, não basta mais ser bem feito, ou ser hi-tech, tem que ter personalidade”, diz Guilherme, que está de partida para Los Angeles, onde integrará a equipe da Motion Theory, responsável por campanhas da Nike e por clipes de nomes como Beck e R.E.M. “O desenho, o rascunho e a textura voltaram a ganhar força no processo criativo”, completa Cadu, da produtora hype Lobo, uma das mais premiadas do país.

Em seu currículo, Cadu tem campanhas publicitárias de marcas como Tim, Diesel, Levi’s e Coca-Cola. Recentemente, dirigiu o videoclipe de animação “Polegar Opositor”, da dupla de rappers carioca Inumanos, que está na programação da MTV. Já Guilherme acaba de lançar o curta-metragem “Tyger”, que ganhou destaque na edição deste ano do festival Anima Mundi, em julho. Antes, dirigiu outros curtas e fez trabalhos internacionais, como a campanha de lançamento do Europe Music Awards 2005.

Na mira das produtoras internacionais, os jovens designers aproveitam a maré da valorização para divulgar seus trabalhos no meio mais democrático disponível: a internet. Para Cadu, além da rapidez e o alcance, o que conta é a diversidade. “Existem fóruns e sites com portfólios de designers na web, que podem ser acessados de qualquer parte do mundo. O melhor do design está aí, nesse intercâmbio de idéias mais livre e mais plural.” (Vivian Whiteman)

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