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Reportagens sobre o treinamento publicadas em outros veículos
22/10/2004

Focas ganham treinamento

LUCIANA DE SOUZA SALGADO

Programas de treinamento em Jornalismo pode ser a porta de entrada para o mercado de trabalho

As principais empresas de jornalismo do país possuem cursos de treinamento que podem ajudar na garantia de emprego para os focas, que a cada ano ou semestre deixam os bancos de faculdade e tentam uma vaga de jornalista no mercado de trabalho, cada vez mais disputado. Entre estas empresas estão o Grupo Folha, o Grupo Estado e a Editora Abril.

A editora Abril é pioneira. Desde de 1984, realiza o curso Abril de Jornalismo. Thaís Oyama, editora da revista Veja, afirma que mais de mil profissionais já fizeram o curso, que é destinado a jornalistas recém-formados, jovens talentos na área de design (impresso, web ou infografia) e fotógrafos.

Para Thaís Oyama, o objetivo do curso é fazer com que os participantes aprendam na prática a fazer jornalismo de revista. Os alunos participam de todas as etapas de produção, que vai da pauta à impressão dos exemplares. "Durante as 4 semanas do curso, eles produzem a PLUG, uma revista laboratório que é formada por publicações da Abril. Ao final do curso, essa revista é distribuída para profissionais da própria Abril, para as universidades e para outros importantes órgãos de imprensa do país", explica a editora da Veja. As inscrições para o próximo curso Abril de jornalismo já estão abertas.

Já no programa de treinamento do Grupo Folha os selecionados acompanham todos os passos na produção de um jornal. Vão à rua com os repórteres, fazem reportagem de serviços e elaboram pautas diariamente. Ana Estela Souza, editora de trainees da Folha, diz que os estagiários produzem um caderno especial com temas e assunto escolhidos por eles próprios.

Ela ainda explica que qualquer pessoa que tenha curso superior concluído ou que esteja cursando, em qualquer área, pode participar do processo de seleção. Diferente dos demais treinamentos, a Folha não exige que o estagiário seja jornalista ou esteja fazendo faculdade na área. Basta ser criativo, bem informado e que julgue ter talento para o jornalismo.

A Folha faz a seleção através de três etapas. Primeiro, o candidato preenche um formulário com dados pessoais, formação acadêmica, conhecimentos de idioma e experiência profissional, e envia para a página do jornal, na Internet, destinada a seleção. Em uma segunda etapa, do total de inscritos, apenas 150 pessoas são selecionadas para o teste escrito de conhecimentos gerais e atualidades que consiste em uma prova que avalia a formação cultural do candidato e o grau de acompanhamento do noticiário nacional e internacional. Também há questões de português, inglês e até de matemática. Na terceira fase, os 40 candidatos melhor classificados são escolhidos para uma semana de palestras na sede da Folha e passam por uma entrevista. Finalmente, são escolhidos entre 8 e 10 melhores classificados, que irão fazer o programa de treinamento da Folha de S. Paulo.

Maria Carolina Nogueira Nomura, 23 anos, estudante de Direito da PUC e Jornalismo da FACOM/UniFIAM, se inscreveu para participar do treinamento deste ano e foi selecionada para a segunda etapa do processo de avaliação. "Ao optar pelo Jornalismo, sempre tive a certeza que queria ser jornalista da Folha. Foi o que me motivou a me inscrever para participar do processo seletivo para o curso de treinamento. Além de saber que é uma ótima oportunidade de entrar no mercado de trabalho", afirma Maria Carolina.

Ela ainda diz que a prova é muito difícil e que é necessário estar muito bem preparado. "A leitura diária de jornais é fundamental para fazer a prova, além do candidato ter que possuir um bom domínio do inglês e conhecimentos de técnicas de jornalismo", explica a estudante. A Folha está com inscrições abertas até novembro.

O grupo Estado também realiza um curso intensivo de jornalismo aplicado. Segundo informações fornecidas no site do curso, desde de 1990 o Estadão já formou mais de 360 profissionais no curso de extensão universitária organizado pelo jornal em parceria com a Faculdade de Comunicação da Universidade de Navarra, na Espanha. Durante os três meses de duração do treinamento, os participantes se envolvem em todas as etapas da atividade jornalística, já que o objetivo do curso é abordar os aspectos práticos da profissão.

Ainda conforme o site, podem se inscrever jornalistas formados até 2 anos antes da realização do curso e alunos de Jornalismo do último ano ou semestre. As inscrições abrem entre maio e junho. A seleção acontece em duas etapas, na primeira, todos os inscritos passam por uma prova de conhecimentos gerais e textos jornalísticos, na segunda, são escolhidos 60 candidatos para um entrevista com profissionais do grupo Estado e professores da Universidade de Navarra, e finalmente são escolhidos 30 pessoas para fazerem o treinamento na sede do jornal.

Paulo Galdieri, 22 anos, jornalista, formado na FACOM/UniFIAM em 2000 e participante do treinamento do Estadão também no mesmo ano, acha que o curso é bom porque faz com que os trainees aprendam muita coisa, principalmente na convivência com a redação do jornal, mas não garante emprego para ninguém. "Depois que o curso acabou, eu fiquei quase três meses desempregado. Mas é uma experiência legal como um curso de extensão universitária", diz Paulo. Atualmente, ele trabalha na editoria de esportes da Folha de S. Paulo.

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