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Novo em Folha 42ª turma
29/06/2007

Entrevista: Candidato a vice paraguaio quer zona franca em Ciudad del Este

da EQUIPE DE TREINAMENTO

Candidato à vice-presidência do Paraguai nas eleições de 2008, o prefeito de Ciudad del Este Javier Zacarías Irún defende a importância da cidade como pólo comercial internacional. Ele quer a criação de uma zona franca na Tríplice Fronteira, com um teto anual de R$ 300 mil com imposto de 18% para microimportadores.

Carros circulam por Ciudad del Este e Foz do Iguaçu com adesivos e santinhos do candidato, em campanha aberta. Ele é uma das figuras mais importantes na articulação de políticos locais nos dois lados da fronteira, que se uniram num Parlamento Trinacional para exigir soluções de Brasília e Assunção.

Irún falou à Folha em Foz do Iguaçu após a primeira sessão extraordinária do fórum local, que se reuniu há duas semanas. Leia abaixo trechos da entrevista:

FOLHA - Que importância tem o Parlamento Trinacional na solução dos problemas da região?
ZACARÍAS IRÚN - Este é um fórum de muita importância, um lugar de grandes realizações. Estamos nos preparando para futuros problemas, a integração de forças políticas. Os governos nacionais dos nossos países não nos dão atenção. É importante que os governos nacionais nos ouçam. Temos que fazer parte da análise real dos problemas.

FOLHA - Por que Ciudad del Este merece um status diferente dentro do Mercosul?
IRÚN - Estamos no Mercosul e milhares de negócios fecharam em Ciudad del Este. O Mercosul não está funcionando como pólo de desenvolvimento regional. Não temos que pensar nem em Bush, nem em Chávez, nem nada. Temos que pensar apenas no Paraguai.

FOLHA - Como vão as negociações entre Brasil e Paraguai?
IRÚN - Estou contente com o avanço das conversas entre Paraguai e Brasil. Ninguém aceitava as cidades como cidades comerciais. Temos que tirar as máscaras. Ciudad del Este tem que ser tratada como uma cidade comercial no Mercosul, com um sistema diferenciado de tributação aduaneira. Não queremos que as pessoas venham só para comprar, mas que venham para visitar e comprar.

FOLHA - Como entra o Tratado de Itaipu na questão da aduana?
IRÚN - Meu governo não tem capacidade de negociação. A Bolívia negocia com seu gás natural, a Venezuela, com o petróleo. O Lula recebe o Bush como um rei. E por que o Paraguai não negocia bem com o Brasil? Nós temos que pressionar o Brasil. Temos 50% da usina hidrelétrica de Itaipu. Se pararmos Itaipu, paramos o Brasil, deixamos São Paulo e Rio no escuro.

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