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São Paulo, sábado, 2 de abril de 2005

Inventar seres é saudável

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Para os psicólogos (que estudam o comportamento das pessoas), ter e deixar de ter um amigo imaginário é atitude saudável. Esse recurso ajuda a formar a personalidade, mas nem todo mundo sente essa necessidade.
Uma pesquisa da psicóloga Marjorie Taylor, da Universidade de Oregon (EUA), mostrou que cerca de 30% das crianças de 3 a 7 anos têm amigos imaginários.
A psicóloga Jacqueline de Vita, 42, explica que esses amigos existem "para ajudar a resolver situações da vida". Às vezes, eles representam um jeito de ser que a pessoa não quer aceitar. Por exemplo, o amigo invisível pode ser brigão ou bagunceiro.
A psicanalista Ilana Katz, 34, diz que os amigos invisíveis são criados com características que a pessoa gostaria de ter. Ou podem ser criaturas para quem se transfere medos difíceis de enfrentar.
Ter um amigo imaginário é uma situação provisória, que só vira um problema caso o personagem se torne fundamental na vida da criança, explica a psicopedagoga Norma Boacnin, 56.

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