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São Paulo, sábado, 2 de abril de 2005

IMAGINAÇÃO

Criaturas imaginárias surgem de escritor, tirinha e animação

Amigos sobrevivem em livros e desenhos

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Ele é o pesadelo de todos os amigos imaginários. Até o mais valente dos valentes teme essa ameaça: o esquecimento.
Mas quando o escritor argentino Jorge Luis Borges (1899-1986) deixou de ser criança, não esqueceu seus amigos. Eles são lembrados em sua "Autobiografia", em que o escritor conta que passou boa parte da infância quase sem sair de casa. Ele e a irmã, Norah, inventaram dois companheiros, Quilos e Moinho de Vento. Quando se cansaram de brincar com os amigos invisíveis, disseram à mãe que os personagens tinham morrido.
Borges é um dos mais importantes escritores da história da literatura e usava como ninguém a imaginação ao criar personagens.
Quadrinhos
Haroldo, o tigre de pelúcia do personagem Calvin, também é um tipo de amigo imaginário. O tigre existe, pois é um brinquedo, mas suas ações vêm da cabeça do menino.
Mas para onde vão esses amigos depois que as crianças crescem? Alguns, como os de Borges, podem ir para os livros. Mas no desenho "Mansão Foster para Amigos Imaginários", no Cartoon Network, há uma outra hipótese: a de que eles vão para um lugar onde moram até serem adotados por outra criança. (PAULA MEDEIROS)

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