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São Paulo, sábado, 3 de julho de 2004

Receita para fazer um pássaro na gaiola

DA REDAÇÃO

O poeta Jacques Prévert era observador atento, capaz de perceber o vôo de uma folhinha de árvore e escrever a mais bela das histórias.
Na caneta de Prévert, uma procissão de caramujos parece de verdade. O poeta fazia tantos animais ganharem vida que é possível enxergá-los nos versos.
Um dos mais célebres poetas brasileiros, Carlos Drummond de Andrade, traduziu poemas de Prévert, que estarão reunidos em livro previsto para outubro, da editora Cosac & Naify. O título provisório é "Drummond Tradutor".
Poemas como "A Lagartixa" e "Prodígios da Liberdade", que fazem parte da antologia, mostram como a sensibilidade de Prévert atrai crianças e adultos.
Outra antologia (reunião dos poemas), "Dia de Folga", da mesma editora, já está nas livrarias. Traz poemas escritos na rua, inspirados em conversas e impressões de Prévert. Eles mostram como você faz o retrato de um pássaro só com palavras:
"Primeiro pintar uma gaiola/ com a porta aberta/ depois pintar/ qualquer coisa de bonito/ qualquer coisa de simples/ qualquer coisa de belo/ qualquer coisa de útil.../ para o pássaro/ depois pendurar a tela numa árvore/ num jardim/ num bosque/ ou numa floresta...".
Tradução de Carlito Azevedo. Ilustrações de Wim Hofman. R$ 25,50. (KC)

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