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São Paulo, sábado, 4 de março de 2006

TEATRO

Morgana, conhecida por suas aventuras no "Castelo Rá-Tim-Bum", está de volta num espetáculo que entra em cartaz em São Paulo

Uma bruxa de 6.000 anos

GABRIELA ROMEU
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Ela é uma bruxa que conhece lendas de todos os lugares, troca receitas de feitiços com outros bruxos em convenções e está pronta para enfrentar mais um vilão no teatro. É a Morgana, uma bruxa jovem que já tomou chá com o cientista Albert Einstein, deu conselhos a Leonardo da Vinci e assistiu aos shows dos Beatles. Bem, ela só tem 6.000 anos de vida. Morgana ficou bastante conhecida pelas aventuras que viveu com a turma do "Castelo Rá-Tim-Bum", programa dos anos 90 que é reprisado até hoje nas tardes da TV Cultura. Ela está de volta na peça "A Bruxa Morgana e o Enigma do Tempo", que estréia em 11/3, em SP. A Folhinha acompanhou a leitura do texto da peça e entrevistou a bruxa interpretada pela atriz Rosi Campos.

Folhinha - Por onde você andou?
Morgana -
Viajei pelo mundo, pelas galáxias. Acompanho as invenções da ciência, vendo constelações, nebulosas e supernovas que a Nasa fotografa. E cuidei da floresta amazônica.
Folhinha - Você foi à floresta?
Morgana -
Sim. O desmatamento é um problema sério. Acho que as crianças também têm de se preocupar, porque são herdeiras do ambiente.
Folhinha - E você aprendeu novos feitiços?
Morgana -
A gente sempre aprende coisas novas. Cada bruxo tem sua especialidade. Mas trocamos informações nas convenções de bruxos, né? A gente se reúne a cada cem anos.
Folhinha - Onde se reúnem?
Morgana -
Em lugares muito escondidos. A gente se comunica através de códigos. Usamos a internet, mas ela já é obsoleta para nós, sabe? Temos outros poderes, como a telepatia.
Folhinha - Você é uma ótima contadora de histórias. Quais são as suas preferidas?
Morgana -
Gosto de histórias africanas, mitos, folclore brasileiro. A humanidade se refugia nas histórias, que são um pouco a explicação sobre de onde o homem veio, para onde vai.
Folhinha - Esse seu gosto de contar histórias vem da sua família?
Morgana -
A minha família é muito grande e sempre se reunia nas festas. No sarau, sempre tinha aquele que gostava de contar história, o que gostava de tocar, o que gostava de cantar.
Folhinha - Na família tem também um pessoal da pesada, não?
Morgana -
É verdade, tenho umas primas... Porque você sabe que não dá para ser perfeito, né? A Lordana e a Vordana, por exemplo, já aprontaram bastante. Elas se dão mal, eu é que estou segurando a barra lá em casa.
Folhinha - E agora você resolveu voltar ao teatro...
Morgana -
Sim, é uma história sobre o enigma do tempo. O Medíucrus, que é muito ardiloso, faz o tempo voltar ao dia do meu nascimento. Tenho de salvar minha história e o universo.

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