São Paulo, sábado, 4 de agosto de 2007

Pipa

Está no ar
A temporada de pipas chega ao auge em agosto, mas o importante é empiná-las com segurança

DÉBORA FANTINI
DA REPORTAGEM LOCAL

Em agosto, o vento se agita, cheio de energia para brincar. Ao ouvir seu assobio chamando, saia logo para empinar pipa e tenha uma sensação mágica.
"Ao colocar a pipa lá no alto, você se sente voando no lugar dela", descreve Gustavo de Paiva Gomes, 13.
Para uma pipa chegar perto do céu, ela não pode ser pesada nem torta. "As medidas têm de ser simétricas, exatas", ensina Gustavo.
"E também não pode passar muita cola. O segredo é aplicar um pouco no dedo e passar no papel", completa Lays Fernandes, 13.
Deu vontade de fazer sua própria pipa? Peça aos seus pais para ensinarem você. Se eles não souberem, há um passo-a-passo no site www.pipas.com.br. Comece pela maranhão ou carioca, uma das mais fáceis.
"A primeira pipa que fiz não subiu. Coloquei-a de enfeite no meu quarto e continuo tentando", conta Sthefany Rodrigues Rocha, 8, que é especialista em fazer rabiola -uma cauda feita de tiras de papel ou de plástico que não deixa a pipa "dar cabeçadas", ou seja, voar em círculos.
Na hora de empinar, chame um amigo para ser o ajudante. Ele deve segurar a pipa um pouco inclinada, a uns 40 passos de distância e de frente para o vento.
E, quando ele bater forte, recolha a linha até a pipa subir e ficar firme no ar. Aí, solte a linha aos poucos para ela ir ganhando altura. "Mas a gente aprende mesmo empinando", constata Matheus Raineri, 8.
E nessa brincadeira só não entra o cerol, uma mistura de vidro moído que deixa a linha cortante. "Acaba com a diversão de quem tem a pipa cortada", diz Bruno Gonzaga Pires, 12.
Mas quem usa o preparado também se dá mal. "Cortei fundo o dedo indicador usando cerol", conta Lays, mostrando a cicatriz.
Então, deixe-o de lado, e só empine pipas longe de fios de eletricidade e de carros, como num parque.

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