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São Paulo, sábado, 11 de junho de 2005

LIVRO

Na aventura "Arthur e os Minimoys", menino viaja até o mundo de seres pequeninos

Aventura milimétrica

ALEXANDRA MORAES
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma criança envolvida com magia conhece e enfrenta seres de outros mundos, que deram fim à vida de seus parentes... Soa familiar, não? Esse enredo, com cheirinho de Harry Potter, é do livro "Arthur e os Minimoys", ficção infanto-juvenil do diretor de cinema francês Luc Besson.
Além das semelhanças com o universo potteriano, o livro também tem algumas pitadas de "O Senhor dos Anéis", de Tolkien, e ainda guarda uma referência muito forte à lenda do Rei Arthur, segundo a qual Arthur tirou de uma pedra a espada Excalibur e se tornou rei da Inglaterra. Na história que se passa nessa misteriosa terra dos Minimoys, adivinha quem faz a mesma coisa? Pois é, o Arthur dessa história francesa, escrita em 2002.
Mas que Arthur é esse? Diferentemente do guerreiro medieval que liderava os cavaleiros da távola redonda, esse Arthur é um menino de dez anos que está no meio de alguns problemas. Seu avô está desaparecido, seus pais ficaram desempregados, e a avó, com quem ficava durante as férias de verão, seria despejada de sua casa por um empresário inescrupuloso.
Muito curioso, Arthur vasculha as coisas do avô, que havia conhecido a África e a cultura de vários povos, e encontra lá algo que pode solucionar os problemas de dinheiro da família. Era "só" encontrar um tesouro escondido pelo avô no grande jardim que cercava a casa. O menino encontra uma mensagem cifrada do avô que dá uma dica sobre o tesouro: as únicas criaturas capazes de levar Arthur até os preciosos rubis são criaturas milimétricas, chamadas Minimoys.
Povo miúdo
Esse povo de corpo miúdo e sardinhas no rosto dominava os segredos do jardim e havia sido visitado pelo avô de Arthur anos antes. Mas como atingir um mundo de gente que mede dois milímetros?
Numa cerimônia com panos, lunetas e uma outra tribo -que complementaria os Minimoys, de gigantes de mais de dois metros de altura-, o menino consegue passar para o mundo mágico de seres microscópicos e fica do mesmo tamanho de um Minimoy (diferentemente de outra história muito famosa sobre seres pequenininhos, "As Viagens de Gulliver", de Jonathan Swift, publicada em 1726, em que Gulliver fica parecendo um gigante perto dos minúsculos habitantes de Liliput).
Cheio de aventuras, magia, seres esquisitos e centopéias monstruosas, "Arthur e os Minimoys" segue a trilha de Harry Potter também no tamanho. Na França, já está em seu quarto volume. Aqui, o segundo livro da série sai em novembro. E um filme sobre a descida do menino ao mundo dos Minimoys deve ser lançado em 2006.

"ARTHUR E OS MINIMOYS". De: Luc Besson. Editora: Martins Fontes. Quanto: R$ 39,50.

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