São Paulo, sábado, 11 de outubro de 2003

TRECHOS

SONS
"Da floresta vinha o chamado (ou pelo menos uma nota dele, porque o apelo era como uma melodia de muitas notas) distinto e definido como nunca antes um uivo longo e prolongado, parecido, mas diferente de qualquer ruído emitido por cão ou por husky. E ele o conhecia muito bem, daquela maneira antiga e familiar, como se fosse um som que tivesse escutado muitas vezes antes."
"O Chamado da Floresta" (ed. L&PM), do norte-americano Jack London.

DESENCONTROS
"Pela floresta andei e andei e andei e
Sinto dizer, nenhum ateniense encontrei
Nos olhos de quem pudesse pingar
Esta flor com poder de fazer amar."
"Sonho de Uma Noite de Verão" (ed. L&PM), do inglês William Shakespeare.

SILÊNCIO
"O astro da noite vivia seus últimos instantes. Um longo uivo se fez ouvir, arrepiando a floresta. Depois, silêncio. Um silêncio terrível, sobrenatural, como se a floresta, gelada de medo, parasse de respirar temendo chamar a atenção. Um silêncio de cemitério."
"O Cavaleiro Lobisomem", do livro "Contos e Lendas da Europa Medieval" (ed. Cia. das Letras), do historiador francês Gilles Massardier.

PASSAGEM
"Ainda não havia nenhum sinal da trilha, e cada vez mais as árvores pareciam barrar a passagem. De repente, Pippin sentiu que não podia suportar isso por mais tempo e sem avisar ninguém soltou um grito alto: - Ei! Ei! Não vou fazer mal nenhum. Apenas me deixem passar, está bem?
Os outros pararam, assustados; mas o grito foi sumindo, como se tivesse sido abafado por uma cortina pesada."
"O Senhor dos Anéis" (ed. Martins Fontes), de J.R.R. Tolkien.

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