São Paulo, sábado, 11 de outubro de 2003

FLORESTAS

Deuses castigaram Gilgamesh

Patrícia Trudes da Veiga/Folha Imagem
Renata, 4, brinca no rio Negro, que tem essa cor devido à decomposição de matéria orgânica


DA REDAÇÃO

Com a espada, Gilgamesh mata Humbaba, guardião da floresta dos cedros. Árvores tombam. Enlil, deus da terra e do ar, pragueja: "Que o fogo vos castigue, que o fogo beba vossa água, que o fogo coma vosso pão".
No épico do rei Gilgamesh, está o início do desequilíbrio da natureza. Gilgamesh queria que sua cidade-reino fosse tão grandiosa quanto seu nome real. Ele reinava em Uruk, região fértil entre os rios Tigre e Eufrates, na Mesopotâmia (onde hoje fica o Iraque).
Para desespero dos deuses, a floresta de cedros foi devastada. No lugar da imensa floresta na antiga Mesopotâmia, surgiu uma região árida (seca). Foi o castigo dos deuses.

Reflorestamento
As histórias de devastação das florestas não pararam por aí. Segundo o Greenpeace, 59 países, como Grécia, Moçambique e El Salvador, perderam florestas antigas. Todos os anos, 10 milhões de hectares -ou um campo de futebol a cada dois segundos- são desmatados ou degradados.
A palavra da moda é "reflorestamento". Na Europa, que tem florestas temperadas, há esforço em aumentar as manchas verdes. "Há iniciativas promissoras nas áreas de florestas tropicais também. Mas é mais difícil restaurar florestas tropicais, mais ricas e complexas do que as florestas temperadas", explica Jose Maria da Silva, vice-presidente de ciência da Conservation International do Brasil.
Além das florestas tropicais e das temperadas, há as florestas de coníferas (ou boreais) no mundo.(GABRIELA ROMEU)

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