São Paulo, sábado, 19 de julho de 2008

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COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Até os anos 60, a brincadeira era um laçar a pipa do outro. O mais rápido ganhava a linha e a pipa, conta Silvio Voce, campeão na arte de confeccioná-las.
Ao empiná-la, a criança está "voando com os pés no chão", descreve Silvio, autor da série "Brincando com Pipas" (editora Global).
Ele conta que as pipas orientais têm mais de 2.000 anos; que as chinesas foram usadas como objetos sagrados e para espionagem de guerra; e que, no Japão, elas transmitem sorte.
O palhaço Clerouak, 42, destaca as finalidades: "A raia não usa cortante porque o objetivo é entrar numa espécie de tubo e subir".
A pipa serve para cortar. "Mas, se tem muita rabiola, não será rápida: tem de colocar menos no início e mais no fim", ensina. E a barraca é para brincar em grupo.
As diferenças das brincadeiras com pipas estão em usar ou não cerol para cortar nas manobras -a barraca, por exemplo, não desbica, vai para o alto e fica lá.
E também, diz Clerouak, no gosto pela observação desses objetos, que dão "uma sensação de infinito". Ele adorava olhar a pipa no céu no tempo de menino.
Renata Meirelles, 37, que está finalizando um documentário sobre pipas, lembra outra diferença: a forma de montá-las, com maior ou menor envergadura.
"Depende de quanto o construtor entorta a vareta, o que provoca maior ou menor velocidade no vôo." (MRC)

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