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São Paulo, sábado, 21 de maio de 2005

HISTÓRIA

Pesquisas revelam novidades sobre o Egito antigo

Uma nova cara para o faraó Tutancâmon

REINALDO JOSÉ LOPES
DA REPORTAGEM LOCAL

Quando ainda estava vivo, não dá para dizer que o faraó Tutancâmon tenha enfrentado muitas aventuras: no máximo algumas caçadas em sua veloz carruagem de guerra, já que ele morreu com só 19 anos. A coisa ficou agitada mesmo séculos depois de ele ter morrido e ter sido mumificado, há uns 3.300 anos. Seu túmulo cheio de jóias, descoberto em 1922, virou um dos símbolos do antigo Egito, e os cientistas vivem revirando o cadáver do coitado, em busca de mais pistas sobre a história de seu reinado.
Neste ano, duas novas revelações mexeram com os interessados pela história do menino-rei: os pesquisadores reconstruíram o rosto que ele provavelmente tinha e mostraram que ele não foi assassinado, como muita gente andou dizendo. Para isso, eles passaram a múmia por um tomógrafo computadorizado (que consegue enxergar "fatias" finíssimas do corpo).
Segundo o egiptólogo Zahi Hawass, que comandou a análise, os ossos quebrados que outros cientistas notaram na múmia de Tutancâmon só apareceram depois que ele estava morto. Isso porque, na preparação do corpo, duas pinças enormes eram enfiadas no nariz para tirar o cérebro do morto, o que quebrou ossos da cabeça. E, quando a múmia foi encontrada, os arqueólogos também não tomaram muito cuidado para não "machucá-la".
E o rosto do jovem rei? Tudo indica que a parte de trás da cabeça dele era bastante comprida; seus lábios eram grossos e os dentes da frente, grandes. Por mais que os egípcios achassem que seus faraós eram deuses, "Tut" tinha uma cara para lá de normal.
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