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São Paulo, sábado, 21 de maio de 2005

LIVRO

Obra conta a história de Lampião, conhecido como o rei do cangaço

No coração do Brasil

Divulgação
Ilustrações do livro "Lampião e Maria Bonita - O Rei e a Rainha do Cangaço"


DA REPORTAGEM LOCAL

Lampião, conhecido também como "o rei do cangaço", foi o apelido que Virgulino da Silva Ferreira ganhou por causa dos estalos de seu rifle, que produziam faíscas sem parar. De longe, quem viu dizia parecer um "lampião". A história da vida do cangaceiro é contada para crianças no livro "Lampião e Maria Bonita - O Rei e a Rainha do Cangaço", da escritora Liliana Iacocca, com ilustrações de Rosinha Campos, que está sendo lançado pela editora Ática (R$ 19,90).
Virgulino tinha um rifle porque estava em guerra contra o vizinho, que havia levado alguns bodes que pertenciam a seu pai. Enfurecido, o rapaz pobre do sertão pernambucano pega em armas. As brigas com o vizinho, chamado José Saturnino, começaram em 1916, quando Virgulino tinha 18 anos.
Esse foi o primeiro passo para o rapaz entrar para um movimento conhecido como cangaço, que formava bandos armados no sertão. Esses bandos eram muito violentos e saqueavam cidades e fazendas quando passavam. Para alguns camponeses, no entanto, eles eram heróis, pois representavam uma forma de mudar as coisas ruins do dia-a-dia do povo, formado por seca, fome e miséria.
Em 1929, Maria Bonita abandonou seu marido para acompanhar Lampião. Ela foi a primeira mulher a entrar para o cangaço. Os dois ficaram juntos até 1938, quando o rei do cangaço e seu bando foram pegos pela polícia e mortos, na fazenda Angico, em Sergipe.
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