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São Paulo, sábado, 22 de abril de 2006

LIVRO

Três histórias contam as aventuras de uma menina de 13 anos que está apaixonada

Querido diário

ALEXANDRA MORAES
DA REPORTAGEM LOCAL

Sabe aqueles desenhos mais antigos, como "Coiote e Papaléguas" e "Tom e Jerry", em que os protagonistas passam por péssimos bocados -caem de abismos, recebem bigornas na cabeça e vez ou outra ainda explodem- e continuam vivos?
No livro "Como Casar com André Martins", da escritora Índigo, colaboradora da Folhinha, a personagem principal, também a narradora da história, é um pouco assim. Ela tem 13 anos e se apaixonou por um menino da escola, justamente o André Martins do título. A partir daí, faz um pouco de tudo -e até umas bobagens- para tentar se aproximar do menino.
O livro é dividido em três histórias diferentes. Todas elas têm em comum apenas duas coisas: a narradora, é claro, e o menino de quem ela gosta, André Martins.
Na primeira história, que se chama "O Alemão da Garagem" e é a mais engraçada das três, havia um alemão morando bem na garagem da casa da menina. Ele estava lá porque era colega do pai da narradora no trabalho, tinha sido transferido para o Brasil e precisava de um lugar para morar.
Quem mais aproveitou essa história foi o irmão da menina, que armou um tipo de "reality show" pelo qual cobrava ingresso. Ele colocava as cadeirinhas na porta da garagem do alemão, e as crianças do bairro se divertiam vendo o homem cumprindo os seus afazeres diários.
O que tem isso a ver com o André Martins? Bom, ele estava sempre no show do alemão, e a narradora montava sua arquibancada do outro lado da rua para olhar o menino.
Mas é na segunda história que a narradora faz as maiores maluquices, bem na frente da casa de André Martins. Ela chegou a ter a perna mordida por um cachorro, o rosto arranhado por um gato e quase voou pegando carona em uma caminhonete, enquanto patinava.
Mas, na verdade, para ela isso tudo ainda era pouco! Porque cada marca nova era mais uma prova de que ela gostava do menino. E, como ele tinha cinco pinos de metal no corpo por causa de seus machucados no kart -ele era piloto-, qualquer coisa ainda era pouco para a narradora, bem no espírito de Coiote e Papaléguas.
A última história tem o mesmo nome do livro. Dessa vez, a narradora vai fazer um teste vocacional -aqueles testes para saber qual poderia ser a profissão mais adequada para cada um. Até nessa hora ela pensava em casar com André Martins -se fosse advogada ou médica quando crescesse, poderia ficar com ele. Mas qual terá sido o resultado do teste?

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