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São Paulo, sábado, 30 de outubro de 2004

Produtos menos calóricos dão força à vaidade

FREE-LANCE PARA A FOLHINHA

Letícia teme engordar, Roberta quer perder "dois quilinhos", Pauliny se acha "gorda". Pelas entrevistas e pelo resultado da enquete, é clara a preocupação das meninas em atingir um padrão de beleza determinado principalmente pela magreza. Mas os meninos não ficam atrás, não.
Roberta Mendonça Barbieri, 12, conta que tem uma "barriguinha que incomoda muito". "Fui à médica uma vez, e ela falou que era melhor comer coisas diet em vez de fazer dieta forçada", diz a menina, que usa gelatina, pão, suco e maionese light.
Eduardo Silingardi Marcello Marques, 12, faz dieta para emagrecer. Ele bota no prato os alimentos menos calóricos comprados pela avó. "Tomo sempre refrigerante diet, quero emagrecer", diz. Emagrecer é também o motivo citado por 22,5% das crianças que consomem alimentos light e diet -26,6% dizem que usam esses produtos porque não querem engordar.
Gordos são os números da obesidade infantil: cerca de 15% das crianças brasileiras, com idades entre seis e 12 anos, sofrem desse problema.
"No século 21, as crianças despontam como consumidoras de produtos light e diet, pois há uma epidemia de obesidade no mundo", diz Carlos Eduardo Gouvêa, presidente da Abiad (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Dietéticos e para Fins Especiais).

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