São Paulo, sábado, 1 de janeiro de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Pistoleiros assassinam 4 em bar na África do Sul

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Cinco homens armados atacaram ontem a tiros um bar na Cidade do Cabo (sudoeste da Africa do Sul), matando quatro pessoas e ferindo outras cinco. O massacre deixou o presidente sul-africano, Frederik de Klerk, "chocado e horrorizado". Segundo testemunhas, os pistoleiros eram negros e todas as vítimas, brancas. A polícia ofereceu US$ 60 mil por informações sobre os assassinos.
Pouco depois do ataque, um homem, que se identificou como Zwaye Mfeya, telefonou para a Associação Sul-Africana de Imprensa (Sapa) e reivindicou a autoria do atentado. Ele disse ser integrante do Exército Popular Azaniano de Libertação, braço armado do Congresso Pan-Africano (PAC) –movimento negro que se recusa a participar do processo de transição democrática.
Johnson Mlambo, vice-presidente do PAC, negou qualquer participação do grupo no que chamou de "lamentável incidente" –cujas características são semelhantes às do massacre em uma igreja da Cidade do Cabo, em julho, cometido pelos guerrilheiros do PAC.
"Não há justificativa para este ato bárbaro" disse De Klerk. O ministro da Lei e da Ordem, Hernus Kriel, afirmou que incidentes desse gênero servem para "desestabilizar o processo democrático". "Esses atentados devem ser e serão reprimidos."
O bar atacado, chamado Heidelberg Tavern, é frequentado por estudantes de todas as raças e de várias partes do mundo. Havia cerca de cem pessoas no local no momento do atentado. Os pistoleiros primeiro atiraram uma granada –que não explodiu– e em seguida abriram fogo. Dois dos mortos foram identificados: o português José Cerqueira e a indiana Rolanda Palm.

Texto Anterior: Desafios são violência e corrupção policial
Próximo Texto: Japão utilizou armas biológicas na China
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.