São Paulo, domingo, 2 de janeiro de 1994
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Falta investimento, diz Luque

EDUARDO BELO
DA REPORTAGEM LOCAL

Para Carlos Antonio Luque, presidente da Ordem dos Economistas de São Paulo, o governo "não tem capacidade, por enquanto, de desenvolver o crescimento auto-sustentado". Segundo ele, o país perdeu a capacidade de investir. Nos anos 70, empregava-se na produção o equivalente a 25% do PIB. Hoje a taxa não ultrapassa 16%.
Luque entende que a expansão sólida da economia não virá "enquanto não se recuperarem as poupanças pública e privada e a expectativa do empresariado quanto aos rumos da economia". Fora disso, o país vai continuar vivendo ciclos alternados de crescimento e recessão, ao sabor das variações conjunturais, diz.
"Desde abril a economia está em declínio e não se observa nenhuma expectaiva melhor nem capacidade do governo de rearticular e capacitar investimentos", afirma Luque.
Os números da Confederação Nacional da Indústria também mostram o compasso de espera. A produção cresceu 8%, mas as as horas trabalhadas caíram 2,4%. O economista Flávio Castelo Branco acredita que os juros elevados e o impacto o Plano FHC devem proporcionar um primeiro trimestre morno, muito diferente dos superaquecidos três primeiros meses de 1993. (EBe)

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