São Paulo, domingo, 2 de janeiro de 1994 |
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Telê e Luxemburgo fazem o duelo de 94
UBIRATAN BRASIL
A disputa foi detonada em agosto de 93, quando Telê e Luxemburgo abandonaram a falsidade –um pequeno incidente em um torneio disputado em Cádiz, na Espanha, detonou a rivalidade velada. Irritado com o que viu como violência adversária, o técnico são-paulino dispensou a diplomacia: ao ver a mão estendida de Luxemburgo, após o jogo, respondeu com um aceno para ir embora. O tiroteio continuou depois, no vestiário. "Eles ganharam porque o esquema Parmalat funcionou novamente", disparou Telê, insinuando influência da arbitragem na vitória do Palmeiras por 2 a 1. "O Luxemburgo não é nada no futebol. E ainda fala demais." A reação irritou Luxemburgo, que, depois de conquistar o título paulista, já ambicionava o posto de melhor do país que Telê amealhou após ganhar seu primeiro Mundial Interclubes, em 92. "Ele advoga em causa própria. Por isso, não posso admitir ser chamado de mentiroso, nem dizer que não sou ninguém", reagiu o técnico palmeirense. O incidente foi divisório, especialmente para Wanderley Luxemburgo. Sem deixar de criticar o rival, o técnico decidiu-se pela igualdade –depois de conquistar o título brasileiro, pediu um salário aproximado ao de Telê, que ganhou mais status ainda com o bi mundial em Tóquio e passou a faturar US$ 70 mil mensais. Luxemburgo prorrogou sua negociação com a Parmalat durante dez dias, sustentando um pedido de US$ 200 mil de luvas e US$ 50 mil mensais. E, para decretar definitivamente a briga, selou uma profecia: "Vou ser o técnico da seleção brasileira". Texto Anterior: Público inglês fica sem ídolos Próximo Texto: "Sou favorável a uma democracia responsável" Índice |
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