São Paulo, quarta-feira, 5 de janeiro de 1994
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Operação Quércia

NELSON DE SÁ
DA REPORTAGEM LOCAL

Com uma entrevista ao SBT, o governador Luiz Fleury abriu ontem a operação de salvamento de Orestes Quércia. Seu antecessor aparece hoje no Diretório Nacional do PMDB, para responder ao desafio de Pedro Simon quanto à origem de sua fortuna. Para o Jornal Bandeirantes, "a absolvição é certa, porque ele controla o Diretório Nacional".
O maior parceiro de Quércia, hoje em Brasília, será mesmo o atual governador paulista. Ontem, no TJ, Luiz Fleury garantiu que estará em Brasília, ao lado do ex-governador. Disse também que "essa reunião marca a volta" do líder, com as explicações que o partido pediu. Disse mais: que ele, Luiz Fleury, vai ficar no governo até o fim do ano.
Quer dizer, está tudo preparado para uma volta triunfal de Orestes Quércia, que todos imaginavam perdido. Como adiantou o Jornal Bandeirantes, a reunião do Diretório Nacional "será o primeiro ato de Quércia como candidato".
E não faz a menor diferença que o deputado quercista Manoel Moreira tenha acabado de perder –ontem mesmo– o sigilo de suas operações com o Banespa, presidido pelo quercista Murillo Macêdo. A operação Quércia não pára mais.
"Uns 50"
O relator Roberto Magalhães lavou as mãos. "Os nomes deverão chegar a uns 50" em seu relatório para a CPI do Orçamento. Foi o que ele declarou ao Jornal Nacional e às demais televisões, ontem. Como esclareceu o TJ, a lista vai incluir "inocentes e culpados". O plenário é que determina quem vai para a lista final.
A decisão de Roberto Magalhães saiu no mesmo dia em que seu colega pefelista e pernambucano, Ricardo Fiuza, voltou à agenda da CPI do Orçamento. Segundo o TJ, o ex-relator do Orçamento, herdeiro de João Alves, "vai ser chamado novamente a depor". Cresce a chance de que venha a constar do relatório, nem que seja como "inocente".
Revisão
A correspondente Mônica Waldvogel respondeu ontem à pergunta que vem sendo feita insistentemente pelo âncora do TJ Brasil, quanto à pressa para encerrar a CPI. "Nelson Jobim apresenta relatório com as emendas para a revisão constitucional no dia seguinte ao relatório de Roberto Magalhães." E a revisão, para muitos, é o que importa.

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