São Paulo, quarta-feira, 5 de janeiro de 1994 |
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Maluf admite ajuda dos empresários Segundo ele, todos receberam RAQUEL ULHÔA
Maluf vai decidir sobre sua candidatura ou não à Presidência apenas em março. Antes, quer encomendar uma pesquisa de opinião pública entre o eleitorado paulistano para saber se deve abrir mão do restante do atual mandato. Presidente de honra do PPR, Maluf esteve ontem em Brasília para presenciar a filiação do ex-senador João Castelo –adversário político do ex-presidente José Sarney no Maranhão, que estava sem partido. Castelo levou para o PPR outros cinco políticos do Estado. * Folha - O sr. acha que o ministro Fernando Henrique Cardoso tem condições de aprovar o plano econômico e ser um candidato forte? Maluf - Acho que ele tem as condições de ser candidato, mas não basta aprovar o plano. Se você não gerenciar a aplicação do plano, ele pura e simplesmente não existe. Folha - O sr. recebeu recursos de empreiteiras? Maluf - Se o Lula dissesse que não recebeu recursos, seria velhaco e mentiroso. E se algum dos candidatos da campanha presidencial de 89 ou ao governo estadual, em 90, dissesse que não recebeu recursos, eu ia dizer que era velhaco e mentiroso. Folha - O sr. acha então que a mudança na legislação torna a campanha menos hipócrita? Maluf - Eu diria que a legislação mudou exatamente porque a campanha era hipócrita. Folha - Como o sr. está vendo hoje o governo Itamar? Maluf - O presidente é um homem honesto, um homem de bem, mas não tem vocação para o poder. E, segundo Sócrates, o poder detesta quem não o exerce. Texto Anterior: Telesp altera contrato com agências Próximo Texto: Quércia acha que reunião com a cúpula não encerra polêmica Índice |
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