São Paulo, quarta-feira, 5 de janeiro de 1994 |
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Quércia acha que reunião com a cúpula não encerra polêmica
CARLOS EDUARDO ALVES
Quércia decidiu ir à reunião por concluir que não poderia continuar na defensiva na luta interna peemedebista, se quisesse lutar pela indicação à candidatura do PMDB à Presidência da República. O senador Pedro Simon (RS) desafiou Quércia a provar para a Executiva que eram infundadas as acusações sobre a forma como o ex-governador enriquecera. Os quercistas que estiveram com o ex-governador nos últimos dias saíram com a impressão de que Quércia vai tentar até o fim a candidatura presidencial. A tentativa de volta ao Palácio dos Bandeirantes só é analisada como hipótese remota. A avaliação do grupo é que Quércia acha possível derrubar qualquer articulação que tente lançar outro candidato do PMDB. Nas conversas com seguidores, Quércia tem afirmado que o grupo gaúcho do partido vai lutar até o fim para vetá-lo. O ex-governador, porém, acha que o controle que exerce sobre a fatia paulista do PMDB torna-o favorito no confronto. A aposta é mais em cima do controle da máquina. Os quercistas tendem a cacifar a proposta que limita a escolha da candidatura presidencial a um colégio fechado e não em uma prévia, como deseja o outro setor. O raciocínio do quercismo é que, se o partido escolher a candidatura do ex-ministro Antônio Britto, ficará descoberto em São Paulo. Em outras palavras: a ala que segue o ex-governador não faria a campanha para Britto. Embora a hipótese seja negada por Quércia, abriria-se nesse cenário a possibilidade de um acordo informal com o prefeito Paulo Maluf, eventual candidato do PPR à Presidência da República. Texto Anterior: Maluf admite ajuda dos empresários Próximo Texto: Ecologistas do PT reagem contra 'idéia armamentista' no programa Índice |
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