São Paulo, quarta-feira, 5 de janeiro de 1994 |
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Raia mantém médicos com contrato vencido
LUIS HENRIQUE AMARAL
Segundo Raia, os funcionários –entre eles 220 médicos– deverão receber "por serviços prestados" até serem efetivados por um concurso que está sendo realizado este mês. "O concurso é para a contratação de 1.600 médicos, 760 enfermeiros, 1.200 auxiliares e 400 técnicos", afirma o secretário. Segundo o secretário, 6.000 pessoas já se inscreveram. O problema com os funcionários contratados por emergência foi causado porque a Câmara Municipal não aprovou Projeto de Lei do Executivo que modificava a Lei Orgânica do Município, permitindo a recontratação de servidores que trabalhavam em regime de emergência. Segundo o vereador Adriano Diogo (PT), que denunciou na semana passada a saída dos 700 funcionários, o atendimento nos hospitais municipais está "caótico". "O fato mostra que os projetos ligados à área social estão relegados a segundo plano na prefeitura. O governo não se esforçou para que a recontratação fosse aprovada antes do recesso da Câmara, priorizando a aprovação de verbas para obras viárias." O secretário diz que não houve desatenção dos vereadores governistas. "A morte do presidente da Câmara, Antonio Sampaio, e a votação do orçamento prejudicaram a tramitação de outros projetos." Raia voltou a negar que a saída dos 700 funcionários da emergência esteja prejudicando o atendimento. "No fim-de-semana do ano novo, a rede atendeu 30.795 casos, sendo que nenhum ficou sem solução." O secretário afirma também que um procurador do Ministério Público Estadual abriu sindicância para investigar as denúncias de "sucateamento" da rede pública de Saúde. "Eu acho positiva a sindicância, vou mostrar que estamos melhorando muito o atendimento na prefeitura." (Luis Henrique Amaral) Texto Anterior: Tarifa de táxi fica 40% mais cara a partir de 0h de sábado Próximo Texto: Funcionários acatam decisão de Maluf e creches voltam a funcionar Índice |
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