São Paulo, quinta-feira, 6 de janeiro de 1994
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Neve mata 18 pessoas no nordeste dos EUA

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

A segunda grande tempestade de neve em duas semanas nos EUA deixou 18 mortos, milhares de passageiros de avião parados em aeroportos e milhões de crianças sem aula em 17 Estados da região nordeste dos EUA. Houve acumulações de neve de até 90 cm de altura em algumas cidades.
Os Estados que mais sofreram foram os de Ohio e Pensilvânia. A tempestade se moveu em direção ao Canadá e a maior parte dos EUA teve ontem dia de tempo bom e temperaturas acima de 0ºC. Mas institutos meteorológicos prevêem mais neve para hoje e o fim-de-semana.
O maior número de mortes ocorreu, como na "Tempestade do Século" em 93, por ataques cardíacos provocados pelo esforço ao retirar neve da frente de casa: oito morreram assim.
O maior número de mortes de uma só vez ocorreu por envenenamento por monóxido de carbono provocado por um aquecedor deficiente: cinco membros de uma família em Kentucky.
Outros acidentes fatais: em Rhode Island, um menino escorregou na neve, caiu ladeira abaixo e foi atropelado por um carro; na Virgínia Ocidental, um homem foi atingido por uma árvore que caiu; em Nova York, um homem derrapou e bateu com a cabeça na sua máquina de limpar neve.
Na Virgínia Ocidental e em Ohio, cerca de 212 mil pessoas ficaram 20 horas sem suprimento de energia elétrica porque a neve derrubou fios de alta tensão. Em Newark, Nova Jersey, linhas de trem caíram com os ventos e deixaram 15 mil passageiros na rota Washington-Boston parados durante cinco horas.
As duas principais cidades da região nordeste, Nova York e Washington, não sofreram muito com neve nessa segunda tempestade da estação. Na capital do país, a acumulação foi de apenas 2 cm. Mas continuaram a ocorrer rompimentos nas tubulações de água da cidade, que comprometeram a qualidade do abastecimento de milhares de pessoas.
O frio e a neve neste inverno têm sido muito superiores à média para esta época do ano na maior parte dos EUA. Segundo meteorologistas ouvidos pela Folha não há nada de anormal nisso, a não ser a coincidência de duas tempestades fortes terem ocorrido quase juntas no início do inverno.

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