São Paulo, sexta-feira, 7 de janeiro de 1994 |
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CPI não tem provas contra políticos do arquivo secreto GABRIELA WOLTHERS CYNARA MENEZES; GABRIELA WOLTHERS
O problema é que a comissão não conseguiu transformar esse indício em prova. "Na realidade, o percentual foi um impacto que não se confirmou até o momento", disse Magalhães. A afirmação do relator foi feita após o depoimento do deputado Pedro Irujo (PMDB-BA) –ocorrido ontem de manhã. Ele foi o terceiro da relação da Odebrecht que foi interrogado desde o início da semana. Com isso, Magalhães praticamente inocentou o deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), o senador Teotônio Vilela Filho (PSDB-AL) e a próprio Irujo –a menos que provas concretas de irregularidades sejam encontradas. "Não há novidades em se tratando de cassações", disse o relator. Magalhães afirmou, porém, que os documentos apreendidos continuam sendo importantes e serão usados no relatório final. "Eles identificam a extensão do poder da Odebrecht no Congresso e no Executivo, além de mostrar um cartel de empreiteiras." O relatório final já está com 280 páginas e deve manter o "suspense" até mesmo durante a apresentação: os cassados são a última parte do texto. "Se eu citar os cassados no início, o povo vai embora", disse Magalhães a um assessor. É do próprio relator a maior parte dos textos escritos. Ele redige em casa, numa máquina de escrever manual. Quando está na Câmara, faz anotações a mão, em letras que tomam tempo da assessoria até serem decifradas. Tudo depois é digitado e armazenado no computador. Texto Anterior: Ofensa e omissão Próximo Texto: Emenda pode ser individual Índice |
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