São Paulo, sexta-feira, 7 de janeiro de 1994
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Ministro atribui dossiê à "ira coorporativista"

DAS SUCURSAIS

Ministro atribui dossiê à "ira coorporativista"
O ministro do Planejamento, Alexis Stepanenko, atribuiu ontem à "ira coorporativista" dos empregados dos bancos estatais as denúncias feitas contra ele pelo Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro. Em dossiê de 54 páginas, o sindicato denunciou que despesas de viagem do ministro e sua mulher, Carmen, a São Paulo em novembro passado foram pagas pelo BNDES –fato reconhecido pelo próprio Stepanenko.
"O esforço do governo para tentar controlar as empresas estatais está acirrando a ira corporativista. Episódios menores como estes, aos quais o corporativismo estatal e suas castas incrustradas em bancos oficiais tentam dar ares de escândalo, não me afastarão um milímetro sequer da disposição de promover um choque público nas empresas estatais".
A crítica do ministro à divulgação de comprovantes de despesa pelo sindicato foi feita em nota oficial à imprensa. Em entrevista concedida antes disso, Stepanenko informou que mandou abrir sindicância interna para verificar se é ou não irregular que o BNDES, como órgão subordinado, pague suas despesas de viagens relativas a compromissos como ministro. Ele disse que, seguindo orientações de sua assessoria, sempre achou que esssa prática fosse normal e legal. Mas também ressaltou que, "se houve falhas, elas serão corrigidas". Ele voltou a afirmar que a parte das despesas estritamente pessoal foi reembolsada ao BNDES.
A direção do BNDES informou ontem que desembolsou recursos de viagem do ministro Alexis Stepanenko (Planejamento) "a título de adiantamento para futuro ressarcimento pela Seplan".

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