São Paulo, terça-feira, 11 de janeiro de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Uma chatice sem limites

ZECA CAMARGO

Infelizmente, as possibilidades da "ambient music" são infinitas. Em algum momento, em alguma pista, você vai ter que lidar com ela.
Justamente pelas várias formas assumidas, fica difícil marcar o início do movimento –aliás, já difícil de definir... Talvez "Apollo", de Brian Eno seja uma referência obrigatória. De resto, as inspirações vão de Minnie Ripperton àquela voz de aeroporto. Mas isso é detalhe. A base para uma boa "ambient house" é simplesmente algumas teclas em um sintetizador que nem precisa ser sofisticado.
Além disso, as faixas são meras matérias-primas nas mãos de um bom DJ. Elementos definitivos como a sirene tipo alarme nuclear de "Blue Room", do "The Orb" aparecem inesperadamente em outras faixas. E as narrações em vozes sonâmbulas são tão misturadas que fica impossível detectar suas origens.
Nesse universo de possibilidades, as chances de errar (e criar uma "ambient" bem chata) são grandes. Mas quando alguém acerta e você ouve por horas num volume inimaginável, pode se despedir dessa dimensão que você está acostumado.

Texto Anterior: Estranho querido
Próximo Texto: Polícia intervém em show do M2.000 no Rio
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.