São Paulo, quarta-feira, 12 de janeiro de 1994
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Presidente 'aprova' cambistas

DA SUCURSAL DO RIO

O presidente da Riotur, José Eduardo Guinle, 44, classificou ontem como normal a ação dos cambistas na compra dos melhores lugares do desfile das escolas de samba. "A quantidade de cambistas que procuram ingressos está na relação direta do sucesso do evento. Eles fazem parte da realidade do mercado", afirmou.
Guinle disse que a empresa responsável pela venda de ingressos (Minasforte) negou que os bilheteiros estivessem recebendo suborno para negociar mais de quatro ingressos por desfile a cada pessoa como a Folha constatou anteontem. O presidente da Riotur não acredita que o tumulto ocorrido na segunda-feira no Maracanã teria acontecido em qualquer ponto de venda.
"Contactamos bancos, agências dos Correios, a Caixa Econômica Federal e lojas comerciais, mas ninguém quis assumir este compromisso por causa da complexidade da operação (são vários tipos de ingressos para dias diferentes) e pelo tumulto gerado pelo acúmulo de pessoas nas lojas", disse. Guinle afirmou que o desfile deixou de ser uma festa popular e se transformou num espetáculo. "O Carnaval, como todo show que cobra ingresso, é excludente."

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