São Paulo, quarta-feira, 12 de janeiro de 1994
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Antes do tempo; Desencontro nas pontas; Sem futurologia; Prateleiras cheias; Recado aos agentes; Recuperação lenta

Antes do tempo
A Associação Brasileira das Empresas de Crédito Imobiliário e Poupança acha prematura a preocupação em relação a um eventual descasamento entre a taxa paga ao poupador e a cobrada do mutuário, o que poderia ocorrer com a introdução da URV.
Desencontro nas pontas
O temor do mercado é o de que as cadernetas de poupança sejam obrigadas a remunerar os depositantes com taxa superior à que recebem dos mutuários.
Isso ocorreria se as cadernetas renderem em URV e os mutuários pagarem em TR (já que não seriam obrigados a optar pelo novo indexador).
Sem futurologia
A Abecip nota que ainda não se sabe como será feita a correção da caderneta de poupança quando entrar em vigor a URV.
Segundo a associação, afirmar que o rendimento será pela URV ou TR é querer usar bola de cristal.
Prateleiras cheias
A demanda por alimentos este ano será normal, como em 93, afirma o economista Denis Ribeiro, da Abia. "Pode aumentar a partir do segundo semestre, se houver queda gradual da inflação", diz.
Mas, segundo ele, não haverá falta.
Recado aos agentes
Para Ribeiro, a preocupação da equipe econômica com aumento de demanda parece mais um recado aos agentes econômicos.
"Janeiro é um mês de entressafra, de reposição de estoques e é quando todos refazem seus cálcu los, o que provoca grande aumento nos preços", afirma.
Recuperação lenta
José Prado de Oliveira, do Dieese, também acha que a preocupação do governo sobre o aumento de consumo não tem embasamento. "Mesmo que a inflação caia, será de forma lenta", afirma.
Além disso, a recuperação do poder de compra deve demorar meses, avalia.
Na fronteira
O governador Roberto Requião, do Paraná, quer um acordo com o presidente do Paraguai, Juan Carlos Wasmosy, para que as polícias dos dois países controlem o roubo de máquinas agrícolas na fronteira.

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