São Paulo, quinta-feira, 13 de janeiro de 1994 |
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Polícia tem pista do mandante
CLAUDIO JULIO TOGNOLLI
A primeira é o motorista desempregado José Gomes. Foi uma das quatro pessoas que ontem depuseram à polícia. Gomes sustentou que, um dia antes da morte de Cruz, teria ouvido Carlinhos dizer, ao telefone, que "o jeito é matar ele, porque Cruz já passou dos limites". Gomes, porém, não sabe com quem Carlinhos falava. A polícia convoca para depor entre hoje a amanhã José Basílio dos Santos, ex-diretor do Sindicato dos Condutores do ABC. Ele sustenta que assistiu à morte de Cruz. E que, quando Zezé ia atirar contra o sindicalista, Carlinhos teria impedido que ele saísse da sala –o que teria evitado que Cruz esboçasse defesa. Seu depoimento é, para a polícia, fundamental para que haja provas circunstanciais que justifiquem pedido de prisão temporária contra Carlinhos. Sônia Aparecida de Carvalho, coordenadora financeira do sindicato, prestou ontem depoimento de seis horas ao delegado Nelson Guimarães, que preside o inquérito do caso. Seu depoimento esvaziou a tese de crime por disputa político–sindical. "Nunca Cruz me falou que sofria em ameaças do PT", afirmou Sônia. Amiga do sindicalista morto, ela entregou à polícia uma fita de vídeo em que Cruz abraça Zezé, numa festa natalina ocorrida no dia 21 de dezembro passado. Sônia ressalta que Cruz mantinha "uma relação de harmonia" com seu assassino, e não vê teor político no crime. Além de Sônia, também prestaram depoimento José Antonio Leite, o Xexéo, e outra testumunha do crime, Sigleis Robson Bezerra de Lima. Texto Anterior: Campos Machado pede auditoria Próximo Texto: Fleury se irrita e abandona coletiva Índice |
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