São Paulo, sexta-feira, 14 de janeiro de 1994
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Ações de bancos lideram as altas

DA REDAÇÃO

As Bolsas estão conquistando novos investidores com a expectativa de aprovação do programa econômico no Congresso. O índice Bovespa já acumulou alta de 50% este mês e o índice Senn (Bolsa do Rio) valorizou-se 62% no mesmo período.
As elevadas taxas de inflação estão fazendo com que as ações de bancos sejam bastante procuradas. As ações de bancos estiveram na liderança das altas de preços, ontem, na Bolsa paulista: Banco do Brasil ON (+24,1%), Banco do Brasil PN (+24,0%) e Itaubanco PN (+18,5%).
Os volumes de negócios estão crescendo. É forte a presença do capital estrangeiro nos pregões. Ontem, a Bolsa paulista negociou nada menos que US$ 297,5 milhões. No primeiro pregão do ano (dia 3), a Bolsa girava US$ 79,8 milhões.
Os juros prefixados deram continuidade ao movimento de alta, após a divulgação do índice de inflação da Fipe. Os bancos optaram ontem por concentrar suas operações com CDBs para o prazo de 35 dias, para evitar que o vencimento das aplicações vencessem no Carnaval. Os juros médios dos CDBs acusaram alta de 201 pontos.
O dólar comercial teve ontem um reajuste de 3,19%. As operações ontem tiveram dupla correção por ser feriado na segunda-feira nos Estados Unidos.
Os juros altos estão fazendo com que os investidores vendam dólar no paralelo para aplicar no mercado financeiro. O deságio do dólar no "black" bateu ontem novo recorde: 6,17%. (Rodney Vergili)

JUROS
Curto prazo
Os cinco maiores fundões renderam, em média, 1,560% no dia 11, projetando um rendimento para o mês de 38,22%. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros oscilaram entre 50,07% e 50,11% ao mês por um dia.
CDB e caderneta
As cadernetas que vencem hoje rendem 42,4889%. CDBs prefixados negociados ontem: de 7.700% a 7.820% ao ano para 35 dias. CDBs pós-fixados de 90 dias: 17,0% a 20,9% ao ano mais a variação da TR.
Empréstimos
Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: de 49,98% a 50,25% ao mês. Para 35 dias (capital de giro): de 7.830% a 7.940% brutos ao ano.
No exterior
Prime rate: 6%. Libor: 3,3750%.

AÇÕES
Bolsas
São Paulo: alta de 4,7%, fechando com 56.165 pontos e volume financeiro de CR$ 113,5 bilhões. Rio: alta de 7,9% (I-Senn), fechando com 22.627 pontos e volume financeiro de CR$ 21,0 bilhões.
Bolsas no exterior
Londres: alta de 3,20 pontos, fechando com 2.577,60 pontos. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com baixa de 216,62 pontos, fechando a 18.577,26 pontos.

DÓLAR E OURO
Dólar comercial (exportações e importações): CR$ 381,520 (compra) e CR$ 381,525 (venda). No dia anterior, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a CR$ 369,730 (compra) e CR$ 369,735 (venda). "Black": CR$ 350,00 (compra) e CR$ 358,00 (venda). "Black" cabo: CR$ 362,00 (compra) e CR$ 365,00 (venda). Dólar-turismo: CR$ 335,00 (compra) e CR$ 346,00 (venda), segundo o Banco do Brasil.
Ouro: alta de 2,67%, fechando a CR$ 4.620,00 o grama na BM&F.
No exterior
Segundo a "UPI", em Londres a libra fechou cotada a US$ 1,4965, contra US$ 1,4951 no dia anterior. Em Frankfurt o dólar foi cotado a 1,7508 marco alemão, contra 1,7370 no dia anterior. Em Tóquio, o dólar fechou cotado a 112,30 ienes, contra 112,19 ienes no dia anterior. Em Nova York a onça-troy (31,104 gramas) do ouro fechou a US$ 390,00, contra US$ 386,30 no dia anterior.

FUTUROS
No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para janeiro fechou em 43,04%, contra 43,06% no dia anterior.
No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para fevereiro ficou em 74.900 pontos, projetando uma lucratividade de 37,69% ao mês.
No mercado futuro de dólar, a expectativa de desvalorização cambial ficou em 40,85%.
O mercado futuro de IGP-M projetou inflação de 38,63% para janeiro, contra 38,67% no dia anterior.

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