São Paulo, sexta-feira, 14 de janeiro de 1994
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Crediário elimina TR

DA FT

A TR está sendo eliminada dos crediários e consórcios pelas próprias empresas. Aos poucos, a TR vem sendo trocada pelo IGP-M ou pelos juros prefixados, como na G. Aronson, uma das maiores do ramo de eletroeletrônicos.
"Ninguém quer financiar pela TR. Nas minhas lojas todos preferem os juros prefixados, de 38% ao mês, em três vezes, porque já sabem quanto vão pagar de prestação", diz o proprietário, Girz Aronson. Segundo ele, metade das vendas da rede é feita pelo crediário.
O Itaú mudou em dezembro as formas de financiamento para linhas telefônicas. Acima de 12 prestações a TR foi substituída pelo IGP-M. Até nove, usa-se a TR do mês, que apesar de ser calculada com base na variação dos juros dos CDBs, costuma pesar menos que a pró-rata –TR calculada diariamente.
No aluguel de linhas telefônicas, há pelo menos seis meses as empresas vêm trocando a TR pelo IGP ou IGP-M. "O IGP-M usa produtos da cesta básica na sua composição. É mais real", diz Rubens de Souza, da Telemix.
No último dia quatro, a TR foi abolida também dos consórcios de eletroeletrônicos. A circular 2386 do Banco Central proíbe o uso da TR e de qualquer outro índice que se baseia nas taxas de juros. Segundo a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), no caso dos carros ela já era proibida desde 30 de junho de 92.
Entre os consorciados de imóveis, a proibição veio em abril de 91, mas ainda existem contratos antes desta data, pelo BTN, onde hoje se aplica a TR.

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