São Paulo, sexta-feira, 14 de janeiro de 1994
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Brasileiros prometem roubar cena em HR

DA REPORTAGEM LOCAL

A boa fase que o pop nacional atravessa foi um dos principais assuntos das entrevistas dos Titãs e de Fernanda Abreu, às vésperas de suas participações no Hollywood Rock. O selo que os Titãs montaram em parceria com a gravadora Warner, chamado Banguela Records, está despertando mais curiosidade do que a própria apresentação da banda no festival.
O Banguela deve lançar novos grupos brasileiras –o primeiro deles é o brasiliense Raimundos, que os Titãs tentaram colocar no Holywood Rock, mas que acabaram na programação do M2.000, no início de fevereiro. Outras bandas convidadas pelo M2.000, como as americanas Helmet e Rollins Band, também foram citadas pelos titãs Belotto e Brito como "ausências" do HR.
Entre os programados, Branco lembra o Sepultura e Belotto o Aerosmith como shows que gostariam de ver. Os Titãs abrem o festival, hoje, com um show de 1h30. São vinte músicas: oito do último álbum, mais hits como "Bichos Escrotos", "Polícia", "Marvin", "Flores", "Igreja", "Porrada" e "Clitóris".
Fernandinha Abreu toca no último dia da fase paulista do Hollywood Rock, no domingo, logo depois do Skank e antes de Jorge Ben Jor. A musa "dance" do Brasil vem com sua superbanda, mais bailarinos e projeções em telão, e um repertório baseado em seus dois discos-solo, com hits como "Rio 40 Graus".
Escolada em grandes festivais desde os tempos da Blitz, Fernandinha promete agitar a galera, em seus 45 minutos de show. Do resto do elenco do Hollywood Rock, ela elogia o Skank e, claro, seu ídolo assumido, Jorge Ben Jor –com quem está tentando armar uma canja.
Skank
Os mineiros do Skank fugiram da tradição e abriram o verbo, em entrevista por telefone à Folha. De Belo Horizonte, o vocalista e guitarrista Samuel Rosa avisa: "Acho que o nosso show tem tudo para ser do caramba."
A banda se apresenta com sua trupe normal de turnê: Samuel (guitarra e voz), Henrique Portugal (teclados), Lelo Zanetti (baixo) e Haroldo Ferretti (bateria), além das participações de Chico Amaral no sax e João Vianna no trumpete. O repertório vai ser um "compacto com os melhores momentos" do show que roda o país, já com mais de 120 apresentações.
Além dos hits de rádio ("Baixada News", "O Homem que Sabia Demais"), vai ter as novas "Amolação" e "Jackie Tequila", e "Andar com Fé", de Gilberto Gil. Samuel só lamenta a duração do show, cerca de 45 minutos: "Quando você chega no clima já é hora de parar." (Gabriel Bastos Junior e Alex Antunes)

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